Como ganhar nos mercados com adágios financeiros

Investe ou está interessado em apostar nos mercados? Conheça alguns adágios financeiros e aprenda a tirar partido deles.
Artigo atualizado a 24-10-2017

9 adágios financeiros para vencer nos mercados

1. As january goes, so goes the year

Este provérbio de Wall Street quer dizer que, muitas vezes, é o mês de janeiro que dita a tendência das bolsas no resto do ano. Segundo a CNBC, este adágio verificou-se em 62 dos últimos 85 anos, o equivalente a 73% das vezes desde 1929. Também é comum nos mercados a crença de que se os primeiros cinco dias do ano forem de ganhos, o mês de janeiro seguirá a tendência.

2. “Sell in may and go away”

É outro adágio financeiro bem conhecido nos mercados. Recomenda aos investidores que vendam as suas ações em maio. O motivo? Para evitarem a frequente queda sazonal entre maio e outubro. De acordo com esta estratégia, um investidor que venda as suas participações em maio e regresse ao mercado em novembro, evitando a volatilidade típica deste período, terá melhores resultados que um investidor que se mantenha no mercado durante todo o ano, indica a Investopedia.

3. Troubled waters make for good fishing

É um adágio da autoria do banco norte-americano JP Morgan. Segundo este ditado os momentos de maior turbulência nos mercados, quando todos acreditam que as coisas ainda vão piorar mais, constituem boas alturas para entrar nas bolsas.

Warren Buffett, multimilionário norte-americano, considera que algumas das melhores ocasiões para investir surgem precisamente em momentos de pânico ou de maior incerteza, quando os mercados estão sob forte pressão vendedora.

Uma das grandes teorias associada à Psicologia de Mercados é precisamente a “Teoria da Opinião Contrária”.  Consiste em “remar contra a maré”, como o nome indica, e adotar uma postura contrária à das massas. Ou seja, comprar quando os outros vendem e vender quando todos compram.

4. Don’t catch a falling knife

Segundo esta máxima, investir num ativo ou num setor que desvalorizou significativamente num curto período de tempo, pode ser perigoso. Um cenário destes pode verificar-se na sequência da apresentação de resultados de uma empresa (quando existe uma grande queda nos lucros, por exemplo, o que pode resultar numa forte descida das ações no dia ou dias seguintes), ou devido a um sentimento cada vez mais negativo da parte dos investidores em relação a um ativo ou setor.

A Investopedia explica que ativos nestas condições – “falling knife” – até podem recuperar, mas também podem perder todo o seu valor, como acontece com as ações de uma empresa que entra em falência.

5. Everybody is a long term investor until the market goes down

É da autoria de Steve Forbes. A lição a reter é que faz mais sentido estar no mercado com uma estratégia de longo prazo do que vender ao menor sinal de alarme. Uma queda abrupta pode ser apenas consequência de um acontecimento pontual.

6. Buy on the rumors, sell on the news

“Comprar nos rumores e vender quando se sabem as notícias”. Este é um adágio que alerta para o facto de os rumores surtirem um determinado efeito na evolução do preço de um título e as notícias poderem ter o efeito oposto.

Por exemplo, muitas vezes, os traders tomam decisões de investimento com base nas suas projeções sobre um determinado relatório económico ou evento – são os chamados rumores –, e assim que o evento passa ou o relatório é divulgado – são as notícias –, fecham as suas posições (vendem) e o mercado reage em queda.

7. Cut the losses, ride the profits

Em português pode traduzir-se por “vender nas quedas e manter nas subidas”. Quer dizer que, por um lado, um investidor não deve preservar durante muito tempo ações que estejam a desvalorizar e, por outro, também não deve fechar demasiado cedo uma posição vencedora, ou seja, que acumula ganhos. Em suma, um investidor deve ser “rápido a resolver as perdas (stop loss) e paciente com os ganhos”.

8. The public is right during the trends but wrong at both ends

A tradução em português deste adágio de Wall Street remete desde logo para o seu ensinamento. “O público está certo durante as tendências mas errado em ambos os extremos”. Esta máxima, da autoria de Humphrey Neil, remete para o facto de, geralmente, as pessoas terem receio de comprar um título que já sofreu muitas perdas quando, por vezes, esse ativo já caiu tanto que vai precisamente começar a corrigir e a recuperar.

No extremo oposto, esta máxima traduz os casos em que as pessoas acreditam que determinado título continuará a subir, mesmo depois de já ter mais do que triplicado de valor, por exemplo, quando é provável que nessa altura comece a corrigir.

Quanto ao facto de o “público estar certo durante a tendência”, ou seja, tendencialmente, durante a maior parte do tempo, pode-se remeter para a Psicologia das Massas. O pressuposto é o contrário ao da Teoria da Opinião Contrária. Ou seja, comprar quando todos compram e vender quando todos vendem, seguindo a tendência da maioria e partindo do princípio de que o mercado tem sempre razão.

Seguir as massas ou contrariar a tendência? As duas estratégias podem resultar em ganhos ou perdas. Mas a escolha de uma ou outra dependerá do perfil de risco do investidor.

9. Santa Claus Rally

Trata-se de uma subida que se verifica frequentemente nos mercados acionistas no período entre o Natal e o Dia de Ano Novo. As explicações para este fenómeno variam. Incluem, nomeadamente, considerações fiscais, a alegria e o otimismo associados a esta quadra festiva, o investimento de bónus de final de ano, a tendência para as pessoas se desfazerem dos ativos que não querem ter no portefólio e comprarem o que realmente desejam possuir.

 

 

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