Aforro: 5 motivos para começar uma poupança hoje

Poupar. Esta é uma das regras de ouro para ter finanças pessoais saudáveis. Se ainda não começou a amealhar, conheça 5 grandes motivos para constituir um aforro.
Artigo atualizado a 02-11-2021

Quanto mais cedo começar a criar um pé-de-meia, melhor. Os especialistas consideram que o ideal é apostar no aforro desde que se tem dinheiro para gerir, seja aos quatro anos ou aos 18 anos. Não caia no erro de pensar que é cedo demais para poupar. Cada ano que passa sem poupar são euros perdidos.

Deve criar um aforro para…

1. Assegurar a reforma

Preparar a reforma é um dos motivos mais importantes para poupar. O aumento da esperança média de vida dos cidadãos e a diminuição do número de nascimentos em Portugal levou, nos últimos anos, a alterações significativas na fórmula de cálculo da pensão de velhice (desfavoráveis para os futuros pensionistas). Assim, passou a ter-se em conta a carreira contributiva completa e um fator de sustentabilidade (aplicado apenas em casos de reforma antecipada), que varia em função da esperança média de vida.

Se pretende desfrutar na aposentação do mesmo rendimento que usufrui atualmente, tem necessariamente de poupar com vista à constituição de um complemento de reforma. Deve fazê-lo, de preferência, desde o início da vida ativa. Quanto mais tarde começar a amealhar, maior será o esforço de poupança mensal que terá de fazer. Por exemplo, se poupar 165 euros por mês desde os 35 anos e aplicar o dinheiro poupado em produtos com um retorno médio anual de 5%, quando chegar à idade legal para aceder à pensão de velhice (66 anos e três meses, em 2017) terá acumulado 147 000 euros. Já se começar a aforrar aos 50 anos (15 anos mais tarde) terá de poupar 499,21 euros por mês para juntar o mesmo dinheiro.

2. Apoiar o desemprego

É igualmente importante ter uma “almofada” financeira para fazer face a uma situação inesperada de desemprego. Se ficar desempregado, sentir-se-á menos desamparado e mais aliviado se tiver um fundo de emergência. Esse dinheiro poupado ajudá-lo-á a pagar as suas despesas, como o empréstimo da casa, enquanto procura um novo emprego.

3. Investir na compra da casa

A compra de uma casa representa um dos investimentos mais avultados que se fazem na vida. E, na maioria dos casos, essa aquisição é realizada com recurso ao crédito à habitação. Para que o encargo mensal com o empréstimo da casa não pese demasiado no orçamento familiar é essencial dar algum dinheiro de entrada. Para esse efeito, é inevitável dispor de uma poupança. Além disso, a compra da casa implica outras despesas adicionais. Emolumentos notariais para celebração da escritura, taxas de registo na conservatória do registo predial e impostos são alguns encargos associados à compra de casa. Se ambiciona ter habitação própria, comece a poupar agora para esse investimento.

4. Preparar o futuro dos filhos

Financiar a educação dos filhos constitui outro motivo importante para constituir um aforro. À medida que os filhos avançam no seu percurso académico, as despesas com a sua educação aumentam. Os encargos disparam quando os jovens entram para o ensino superior. Há que acomodar gastos com propinas, alimentação, manuais académicos e alojamento (se o estabelecimento de ensino se situar fora da área de residência). E nem sempre os pais têm capacidade financeira para acomodar essas despesas no orçamento familiar. Para não comprometer as finanças da família é importante construir, desde cedo, uma poupança com vista a pagar os estudos dos filhos. Tem filhos pequenos? Inicie hoje um fundo de poupança para garantir a sua educação.

5. Iniciar um negócio

A constituição de um aforro pode também ter como objetivo iniciar um negócio. Por vezes perdem-se bons negócios por falta de capital. Se tem espírito de empreendedor, comece hoje a amealhar para criar a sua empresa.

Já pensou que…

“Quem não poupa está a servir apenas de intermediário entre quem paga o salário e quem vende produtos ou serviços. Ao pouparmos, estamos realmente a pagar-nos a nós próprios antes dos outros. É este aforro que costuma gerar património, enquanto o dinheiro não poupado costuma gerar consumo. O consumo é efémero, o património não”, alerta João Branco Martins, autor do livro “A Economia Lá de Casa”.

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