SER – Sempre em Reabilitação: O impacto nos jovens com deficiência é “grandioso”

O projeto SER – Sempre em Reabilitação, desenvolvido pelo Centro Social e Cultural S. Pedro de Bairro, em Famalicão, emprega jovens com deficiência, garantindo a sua inclusão e integração.
Artigo atualizado a 28-09-2018

Ana Monteiro, técnica de educação especial e reabilitação naquele centro, conversou com o Ei sobre o projeto SER – Sempre em Reabilitação, apresentado durante o encontro “Para lá das Barreiras”, promovido pela Fundação Montepio a título de balanço da 1.ª edição do Programa FACES. O projeto inclui uma Unidade Económica de Produção de Pellets e recebe dez jovens com deficiência.

Em que é que consiste este projeto?

A nossa intenção passou por implementar uma unidade de produção de pellets, um combustível orgânico e menos poluente. Através dos restos de árvores, de podas e do tratamento de jardins vamos , com maquinaria especializada, transformar essa biomassa em pellets. Achamos que seria um trabalho facilmente realizável por jovens com deficiência. Fizemos então uma formação técnica e outra de cariz transversal, para as competências de saber ser e saber estar. E estamos a laborar.

Estão neste momento a trabalhar com dez jovens com deficiência…

Estamos com dez pessoas, que foram os formandos que inicialmente achámos que teríamos capacidade para absorver. A nossa intenção, neste momento, é ampliar a oficina, porque ela já não é suficiente para aquilo que produzimos nem para as necessidades que fomos percebendo que o mercado estava a requerer.

Como planeiam avançar com essa expansão?

Estamos sempre atentos a financiamentos externos, mas a instituição em si não se isenta desta responsabilidade, pelo que incluiu no seu plano de atividades a possibilidade de edificar uma estrutura nova. Depois, através do próprio laborar da empresa, o objetivo é conseguirmos tornar-nos sustentáveis, produzindo, vendendo e garantindo assim a sustentabilidade e financiamento aos jovens que lá estão.

Neste momento estão em que fase do projeto?

Estamos na fase em que já temos jovens formados e estamos a edificar a estrutura para podermos crescer. Estamos a fazer prospeção em termos de possíveis clientes e a trabalhar a questão do logótipo da marca, de tudo o que está subjacente à criação de um negócio.

Quando começarão a ser comercializados os pellets?

Queremos muito que antes do final de 2019 já tudo esteja com um grande avanço: a estrutura edificada, mais jovens com deficiência integrados e uma rede de clientes montada. É esta a nossa ambição.

De que forma a Fundação Montepio apoiou este projeto?

Investindo próximo de 22 mil euros. Este montante permitiu-nos adquirir uma carrinha para transportar os nossos formandos e para o transporte de biomassa de alguns particulares que não tinham hipótese de fazer chegar, à instituição, os restos de tratamento de jardim.

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