"Um país com mais economia social, será um país mais cidadão"

A feira Portugal Economia Social reúne alguns dos principais players deste importante setor.
Artigo atualizado a 06-12-2019

António Tomás Correia, presidente da Associação Mutualista Montepio, falou na sessão de abertura do certame, mostrando-se confiante de que a edição deste ano volte a constituir uma oportunidade para a união e aproximação de todos atores da economia social.

De olhos postos no futuro, António Tomás Correia lembrou o papel que a economia social teve no período da crise como sustentáculo da coesão social, considerando que essa experiência mostrou que o setor é importante para que o país possa fazer face aos desafios que aí vêm.

“É hoje claro que a economia social, no seu conjunto, desempenhou nos anos de profunda crise um papel relevantíssimo no sentido de ser uma alavanca importante para a coesão social. Se não fosse o trabalho desenvolvido pelas instituições da economia social, certamente as dificuldades por que passámos seriam muito mais profundas e muito mais difíceis de ultrapassar. A economia social foi decisiva para atenuar o problema com que fomos confrontados”, considerou o responsável.

Depois desse papel essencial da economia social no período da crise e da experiência acumulada ao longo desse tempo, abre-se, agora, um mundo de oportunidades para as instituições da economia social, defendeu o responsável, reconhecendo que o setor “tem um peso ainda muito pequeno na economia”.

“É preciso, de facto, que olhemos para as oportunidades, aprendamos com o caminho que percorremos no passado recente e tenhamos a capacidade para nos reinventar e darmos um contributo decisivo para termos uma vida mais cidadã, mais à dimensão humana, onde as mulheres e os homens deste país se sintam mais seguros no seu percurso de vida e para enfrentar o futuro e as dificuldades”, sublinhou.

Inovação social, empreendedorismo, capacitação, financiamento, inclusão e desenvolvimento sustentável são temáticas de indiscutível interesse que têm de ser discutidas e aprofundadas para uma economia social mais forte.

António Tomás Correia não têm dúvidas: “um país com mais economia social, será um país mais cidadão e mais preparado para vencer os desafios do futuro, como as desigualdades, a desertificação e a falta de coesão territorial”.

O presidente da Associação Mutualista Montepio acredita que esta edição da feira Portugal Economia Social ajudará a lançar um programa para o conjunto de todas as instituições da economia social no sentido de as tornar mais fortes e participantes naquilo que é o desenvolvimento do seu peso na economia.

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