ascidos em Portugal e com raízes no Brasil, milhares de bebés brasileiros estão a transformar silenciosamente o futuro do país. De norte a sul, as novas gerações luso-brasileiras trazem consigo mais do que uma nacionalidade: carregam heranças culturais, hábitos distintos e uma nova forma de ver o mundo.
“Olha, é o Raul Seixas.” Artur Brantes, de cinco anos, estava a cortar o cabelo quando, na rádio, começou a tocar uma música do compositor brasileiro que, um dia, Caetano Veloso disse preferir ter sido americano. Por ser um comentário invulgar numa criança, quando Márcia, a mãe, o foi buscar, o barbeiro perguntou-lhe: “O teu filho sabe quem é o Raul Seixas?”
A pergunta era retórica, mais uma expressão de espanto que outra coisa, mas não surpreendeu Márcia Tibau, brasileira de 45 anos e há sete em Portugal. “Lá em casa ouve-se muita música. No fim de semana, o Spotify fica ligado o dia todo na cozinha”, conta a economista, natural de Niterói, no Rio de Janeiro. Pelos ouvidos de Artur, nascido já em Portugal, e de Bento, o irmão mais velho, que veio com quase quatro anos, passa sobretudo música brasileira, misturada com rock anglo-saxónico: Beatles, Bob Marley, Queen, Dire Straits.
“Uma das vantagens de termos emigrado é que podemos educá-los com o melhor das duas culturas: a portuguesa e a brasileira. Mas, acima de tudo, o mais importante são os valores pessoais”, sublinha Márcia. Na gastronomia, por exemplo, a família não abdica do feijão com arroz, da feijoada ou da farofa de banana. Mas também integrou a sopa nos hábitos alimentares. “Sobretudo no inverno. No Brasil não tínhamos o hábito, mas é uma boa forma de introduzir legumes na dieta”, afirma.
Quando, em 2024, o país celebrou os 50 anos do 25 de Abril e Bento estudou o tema na escola, os pais aproveitaram para lhe contar a história da ditadura no Brasil. “Acho importante ele saber, até para desenvolver um sentido crítico sobre a relação entre os dois países”, esclarece Márcia que, tal como Bruno, o marido, tem ascendência portuguesa: dos Açores e da Madeira, respetivamente.
REVISTA MONTEPIO
Pais e filhos: o que se aprende em família é para a vida toda?
Um sentimento de não-pertencimento?
Nos últimos cinco anos, o número de bebés brasileiros nascidos em Portugal mais do que duplicou: de 4 537 em 2019 para 9 683 em 2024, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Ou seja, 11% dos recém-nascidos em Portugal são filhos de brasileiros, um número que exclui as mães com dupla nacionalidade.
É o caso de Artur, nascido em 2020, mas também de Olívia, que nasceu em maio de 2025, em Lisboa. Segundo Raquel Sodré, a mãe, a bebé crescerá exposta a dois modos diferentes de ver o mundo. “Uma das primeiras coisas que os imigrantes brasileiros de primeira geração aprendem ao chegar a Portugal é que a semelhança entre os dois povos e as duas culturas é mais superficial do que parece”, conta. “Talvez estas crianças se sintam sempre num lugar de não-pertencimento por não serem 100% nenhuma das duas coisas.”
Raquel afirma que, em teoria, os bebés brasileiros estarão “bastante inseridos” nas duas culturas e serão capazes de transitar entre uma e outra com naturalidade. “Serão socializados segundo as duas visões de mundo.” Podem, também, oscilar entre a pertença e o estranhamento: por vezes, estarão completamente integrados; noutras, sentir-se-ão um pouco deslocados.
“As nossas referências culturais são brasileiras, a nossa forma de ver o mundo e de estar no mundo são brasileiras. Muitos dos produtos culturais — músicas, filmes, arte ou literatura — que consumimos são brasileiros, a nossa comida do dia a dia segue a dieta tradicional brasileira. A cultura brasileira está presente na nossa vida de maneira muito natural, portanto, esta criança já irá nascer a experimentar tudo isto”, explica Raquel, que veio para Portugal fazer um mestrado e “foi ficando”. Em paralelo, a realidade da criança será também moldada pela cultura portuguesa. “Vai apropriar-se de ambas.”
Neste encontro diário entre o fado e o samba, entre a feijoada com farofa e a feijoada transmontana, as vantagens superam os desafios e Portugal, como país, ganha uma nova perspetiva de desenvolvimento e potencial de crescimento. Afinal, os bebés brasileiros crescerão com o exemplo dos pais que, um dia, tiveram de recomeçar do zero noutro país. Poderão estes filhos de imigrantes ajudar a transformar a sociedade portuguesa para melhor?
Dupla de virtudes
Quando pensamos na comunidade brasileira, uma das primeiras coisas que nos vem à cabeça é o espírito empreendedor. “Muitas famílias brasileiras que vêm para Portugal abrem os seus próprios negócios. Estas crianças já crescem neste ambiente empreendedor e adquirem esta visão de mundo, de que é possível construir algo por si mesmas”, explica Raquel Sodré.
É o caso de Márcia Tibau, de 45 anos, e Bruno Brantes, de 46, pais de Artur e Bento. Quando trocaram o Rio de Janeiro por Braga, ela trabalhava na Rede Globo e ele na Petrobrás. A transição foi estudada e planeada ao ponto de, quando chegaram, já terem assinado contrato para gerir uma empresa de franchising de limpezas.
“Tínhamos empregos bons e estáveis, em empresas grandes e prestigiadas. Mas começámos do zero e um dia a nossa história vai ser passada para eles”, afirma. “Quando temos reuniões com o dono da marca [de franchising], ele diz que a criatividade dos brasileiros, o jeitinho brasileiro, ajuda a desbloquear burocracias e pôr ideias em prática”, garante.
Em Portugal, Raquel Sodré sente falta de outra prática muito presente no Brasil: a medicina preventiva. “No Brasil, as pessoas fazem muito mais rastreios, exames e análises para descartar a hipótese de doenças ou para um eventual diagnóstico precoce”, explica, dando como exemplo um caso que se passou com ela.
“Fui à minha médica de família, cá em Portugal, e pedi análises por desconfiar que estava com deficiência de vitamina B12 e ferro — fui vegetariana durante vários anos. Ela recusou-se a passar os exames porque não ficou convencida pelos sintomas relatados. Uns meses depois, fui ao Brasil, fiz o mesmo relato a uma médica brasileira e mencionei os exames”, conta.
Além dos exames normais, a médica brasileira fez uma anamnese do seu histórico familiar e ainda incluiu exames para a tiróide e algumas outras hormonas. “Resultado: estava com a ferritina baixíssima. Foi só a partir deste resultado que a minha médica de família, em Portugal, passou a dar atenção à questão, que acabou por se revelar crónica.”
O jornalista Álvaro Filho, que trocou a cidade do Recife, em Pernambuco, por Lisboa, no início de 2016, conta um caso similar, com um desfecho diferente. “Uma colega de trabalho disse-me que foi atendida por um médico de família brasileiro e gostou, porque ele lhe passou vários exames de medicina preventiva que o anterior não fez”, reforçou. “No Brasil somos todos hipocondríacos. Pelo menos é o que a minha médica de família acha, porque estou sempre a pedir exames”, brinca o também escritor — a sua obra mais recente, Mau Selvagem, é uma reflexão sobre o tema da imigração brasileira numa perspetiva muito pessoal e metafórica.
Com e sem sotaque
Álvaro Filho não se queixa. Trabalha na sua área, o jornalismo, escreve livros de sucesso e tem uma vida pacata na cidade. Quando chegou, o filho mais velho, Arthur, tinha 13 anos, e o mais novo, Mathias, apenas um. Passados nove anos, é Arthur quem se sente menos brasileiro: estuda Design de Moda na Universidade de Lisboa e não gosta de futebol nem de Carnaval. Tal como os jovens portugueses da sua idade, é influenciado pela cultura norte-americana, e um dia, quem sabe, talvez emigre para outro país da Europa.
O mais novo, Mathias, é muito atento ao que se passa no Brasil, para onde quer regressar. Acompanha os YouTubers brasileiros, come farofa, feijão preto, tapioca, cuscuz de milho e sofre pela seleção canarinha. “E também estuda a geografia do Brasil, as cidades, as guerras ou a revolução pernambucana.”
Apesar de ter feito 95% da vida em Portugal, Mathias é conhecido como o “brasileiro” na escola e tem o dom de falar com sotaque para os brasileiros e sem sotaque para os portugueses. “Mas usa algumas expressões brasileiras”, graceja Álvaro Filho. Aproveita, também, o facto de muitos jovens portugueses terem um fascínio crescente pela cultura brasileira, desde os entertainers aos músicos ou futebolistas.
Os exemplos de Arthur e Mathias, filhos de Álvaro, são muito semelhantes aos de Bento e Artur, filhos de Márcia. Também o mais velho, Bento, que nasceu no Brasil, tem uma personalidade mais próxima da portuguesa que o irmão. “O Bento é mais reservado, enquanto o Artur é mais solto e muito expansivo, tem vivacidade. Mas depende da personalidade de cada um e não do facto de ter nascido, ou não, em Portugal”, resume.
E há uma curiosidade: Bento fala perfeitamente com e sem sotaque. “O Artur também sabe, mas não fala. Achei curioso, porque é o que nasceu aqui”, conclui Márcia.
Imigrantes? A demografia agradece
O boom de bebés brasileiros (e não só) é recente, mas já mudou o nosso País. “Muitos hospitais e maternidades estariam hoje a fechar se não fossem estas comunidades, assim como escolas. Andámos 10 anos a fechar escolas e agora procuramos urgentemente novos professores”, explica Pedro Góis, diretor científico do Observatório das Migrações.
Para Portugal, esta dinâmica social é importante, bem-vinda e necessária. Numa perspetiva meramente económica, a imigração tende a aumentar o emprego entre os cidadãos nativos e não afeta os seus salários, segundo explica o autor Ian Goldin no livro The Shortest History of Migration. Os imigrantes pagam impostos, potenciam o crescimento do PIB e a inovação.
“Nos anos 1980 ainda nasciam, em Portugal, 250 mil pessoas por ano. Hoje, nascem 80 mil. Não vamos conseguir recuperar isto nas próximas décadas”, explica Pedro Góis. O problema é comum ao resto da Europa, sendo que, das maiores economias, apenas a França consegue contornar estes desafios.
Uma das muitas dúvidas que recaem sobre estes luso-brasileiros, mas também sobre os seus pais, é se estão em Portugal para ficar. “Se ficarem, é muito importante. Se se forem embora, será um problema para o nosso sistema escolar e mercado de trabalho, porque teremos mais vazios do que esperamos”, continua Pedro Góis.
Poupança Prazo 5.1
O que pensa fazer daqui a cinco anos?
De Braguil para todo o país
Há muito que Portugal e o Brasil estão unidos por fluxos migratórios em ambos os sentidos. Pedro Góis recorda que o Brasil sempre foi, durante décadas, um destino privilegiado da emigração portuguesa. Entre 1881 e 1960, segundo os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 1 milhão e meio de portugueses partiram para terras de Vera Cruz, dos quais 750 mil entre 1901 e 1930.
“Braga é um excelente sítio para falar de imigração porque do Minho partiram muitas centenas de milhares de portugueses para o Brasil, sobretudo Rio de Janeiro, Santos e São Paulo. De Vagos para cima estamos cheios de casas de brasileiros, o brasileiro torna-viagem, pessoas que estiveram algum tempo no Brasil mas regressaram”, explica o sociólogo.
Só na cidade dos Arcebispos, estima-se que vivam cerca de 20 mil brasileiros, números da Associação UAI – União, Apoio, Integração. Entre 2011 e 2021, a população da cidade cresceu 6,5%, para 193 324 habitantes. Destes, segundo o Censos 2021, 7 773 eram brasileiros, mas o número real já será superior, o que tem dado à cidade alguma visibilidade mediática.
“Entre os brasileiros que vivem em Braga, há um grupo significativo de reformados. Mas também existia um mercado habitacional muito atrativo, o que, entretanto, deixou de ser o caso. Há outros concelhos à volta de Braga, mas os imigrantes brasileiros estão agora a deslocar-se para outras zonas do país”, explica Pedro Góis, que dá como exemplo a ilha do Corvo, que, entre os seus 435 habitantes, já acolhe uma comunidade de algumas dezenas de brasileiros. “Isto vai favorecer uma integração mais rápida porque haverá maior convivência com as comunidades locais”, continua.
O facto de os brasileiros serem “figuras conhecidas” dos portugueses, e de existir uma forte ligação cultural entre os dois países, facilita bastante o processo de integração. “No caso das crianças, a integração entre portugueses e brasileiros foi muito simples. O que nem sempre se verifica com outras culturas.”
Por isso, o sociólogo antecipa que, dentro de algumas décadas, os bebés brasileiros serão “indistinguíveis”. “Conheço muitas crianças filhas de pais brasileiros que, se não forem criadas em comunidades exclusivamente brasileiras, até o sotaque perdem”, frisa.
No que diz respeito às condições de vida, um dos dados mais reveladores é o número de inscrições nas escolas públicas. “Os brasileiros olham para o sistema nacional de educação como sendo gratuito e de qualidade. No Brasil, a qualidade está quase sempre associada ao ensino privado.” O outro fator é a segurança. “Nós quase já nem pensamos nisso, mas para os brasileiros a segurança é a primeira preocupação.”
“Faço questão que os meus filhos sejam otimistas. Em Portugal, por vezes sente-se um certo pessimismo. Tenho de dizer-lhes: ‘Vamos para a frente, vamos acreditar’”
Os brasileiros vieram para ficar?
É a pergunta de milhão de dólares, que ninguém arrisca responder: os brasileiros vieram para ficar ou pensam sair quando a economia portuguesa enfraquecer ou obtiverem a nacionalidade portuguesa? “Grande parte sairá de Portugal para outro país europeu”, acredita Pedro Góis. “Há uma comunidade muito grande na Irlanda, muitos deles vieram regularizar-se a Portugal e estão cá já há algum tempo. Mas também há muitos na Suíça, Espanha e Itália. E serão substituídos por outros, porque o Brasil tem esta reserva de mão de obra disponível: chegarão sempre mais”, resume.
Com eles, chega muito do que é ser brasileiro. A medicina preventiva e o empreendedorismo, de que já falámos, mas também o otimismo, a literacia financeira e o gosto pelo convívio. “Faço questão que os meus filhos sejam otimistas. Em Portugal, por vezes sente-se um certo pessimismo. As pessoas acham que as coisas não vão acontecer e eu tenho de dizer-lhes: ‘Vamos para a frente, vamos acreditar’”, diz Álvaro Filho
Raquel espera que Olívia tenha “muita saúde” e consiga viver “de forma autêntica”. No que depender dos pais, terá ajuda financeira para realizar os sonhos. “Já comecei uma pequena poupança para ela, mas ainda não pesquisei quais são os melhores investimentos”, refere.
Embora não seja uma tradição formal, começar uma poupança antes de o bebé nascer é relativamente comum no Brasil. Está ligada à preocupação com o futuro a longo prazo da criança e poderá ter raiz no histórico de inflação elevada no país, sobretudo nas décadas de 1980 e 1990.
“O Brasil é um país bastante volátil. Nos anos 1980, convivemos com taxas de inflação que superavam os 400% ao ano, e com taxas de juros altíssimas, para combater o aumento descontrolado dos preços”, explica Raquel, que é senior brand strategist na Plot Content Agency. Nos últimos 40 anos, por este motivo, a literacia financeira dos brasileiros aumentou. Bancos, financeiras e fintechs têm criado produtos mais acessíveis, intuitivos e com boas taxas de rentabilidade mensais. “Alguns têm liquidez diária”, diz Raquel. “Acredito que é necessário tanto um shift cultural dos portugueses relativamente à educação financeira e aos investimentos, como do mercado em oferecer produtos mais interessantes e acessíveis.”
Quando veio para Braga, Márcia Tibau apoiou-se na comunidade brasileira para criar vínculos de amizade. “Três anos após chegarmos conseguimos marcar um piquenique com dois amigos do Bento, mas suei muito para consegui-lo.” Márcia recorda que, no Brasil, é comum os pais dos amigos da turma viajarem juntos. “Vamos para o que chamamos hotel-fazenda com as crianças, algumas com dois e três anos. Portugal é mais fechado”, explica.
Entre os prós e contras da imigração, ser brasileiro em Portugal será sempre uma experiência agridoce. No Rio de Janeiro, Márcia deixava Bento na escola e, quando voltava, já a criança estava a dormir. “Hoje, a nossa disponibilidade para os ir pôr ou buscar à escola compensa o facto de não termos família por perto.” Porém, há sempre coisas que custam.
“Ele diz-me que tem saudades de beber água de coco na praia. Todos os dias, saíamos de casa de bicicleta, às 7h, e íamos à praia.” No frio de Braga, é improvável repetir esta rotina.
“Grande parte [dos cidadãos brasileiros] sairá de Portugal para outro país europeu. Mas serão substituídos por outros, porque o Brasil tem esta reserva de mão de obra disponível: chegarão sempre mais”
Como os brasileiros estão a mudar a função pública
Os brasileiros estão a mudar a relação dos cidadãos portugueses com a administração pública e com o Estado. Segundo Pedro Góis, diretor científico do Observatório das Migrações, estes imigrantes estão a “judicializar todas as decisões administrativas” quando não obtêm resposta aos pedidos.
“É uma tradição brasileira. Se, na AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo), o prazo de resposta são três meses e eles não têm resposta, avançam para um processo em tribunal. Se precisarem de medicamentos para os filhos e o hospital não estiver a conseguir dar, levam o hospital a tribunal. Esta judicialização está a obrigar o Estado a reformar-se. É muito interessante”, refere Pedro Góis.
Todos os dias, entram nos tribunais cerca de 3 000 processos de imigrantes brasileiros contra a AIMA, o que só é possível porque já existem, em Portugal, cerca de 10 mil advogados brasileiros. “A forma como os advogados brasileiros trabalham pode influenciar os advogados portugueses”, garante Álvaro Filho, que diz que o mesmo pode acontecer se os empresários portugueses, mas também jornalistas, escritores ou outra qualquer profissão, aproveitarem a criatividade dos brasileiros e inovarem. “E nós somos contaminados de volta. A experiência nunca será uma imposição.”
O escritor dá o exemplo de uma experiência recente num banco. “Pela primeira vez, fui atendido por um brasileiro. Foi muito paciente, tal como no Brasil”, explica. “Nós temos uma preocupação, exportada do capitalismo norte-americano, de tratar o cliente de uma forma muito cuidadosa. E eu vi-o a tratar o cliente muito bem”, conclui.