um final de tarde quente de julho, dezenas de associados Montepio participaram numa recriação histórica da vida de Gualdim Pais e dos Templários, na cidade por eles fundada: Tomar. Foi um momento de convívio que uniu a história, a cultura e a gastronomia de uma cidade a vários visitantes apaixonados pelas Experiências Montepio.
Há cidades que são cápsulas do tempo, e Tomar é uma delas. Fundada em 1160 por ordem de Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários, a cidade vive no dualismo entre o presente e um passado. Num momento, estamos numa rua com cafés e lojas modernas; no seguinte, caminhamos por uma rua estreita que terá sido percorrida, milhares de vezes, por cavaleiros templários.
Para duas dezenas de associados Montepio, o corolário desta dicotomia aconteceu na Festa Templária, uma recriação histórica que celebrou os 830 anos da morte de Gualdim Pais. “Não conhecia Tomar, mas é uma cidade muito bonita”, explicou à revista Montepio Carla Azevedo, gerente de loja de 50 anos, que partilhou esta Experiência Montepio com o marido Feliz, de 59 anos.
Não é a primeira vez que as Experiências Montepio têm Tomar como pano de fundo, mas a iniciativa ganhou ainda mais protagonismo com um programa repleto de atividades culturais, gastronómicas e musicais. Depois de um jantar medieval, seguiu-se um espetáculo no centro histórico da cidade, com direito a malabaristas com fogo. No dia seguinte, alguns associados ainda tiveram forças para visitar o Castelo de Tomar com um guia personalizado. “Há uma diferença brutal entre os eventos organizados pelo Montepio Associação Mutualista e os outros. As Experiências Montepio são sempre muito bem organizadas, pensadas, calculadas. Vamos completamente descontraídos”, recorda Carla Azevedo, Associada “há, pelo menos, 20 anos”, tal como o marido e o filho, David.
Medieval, mas q.b.
Em Tomar, somos templários. Por isso, quando confrontado com a possibilidade de ter de comer com as mãos ao jantar, António Geirinhas, reformado de 64 anos, já se tinha conformado. “Numa outra Experiência Montepio que fizemos, um casal contou-nos que tinha feito um jantar medieval e teve de comer com as mãos. [A contragosto], estava preparado para isso”, conta-nos.
Porém, não foi preciso sujar os membros superiores para apreciar a ementa medieval. “A refeição foi um misto de moderno e antigo, mas havia talheres de madeira para comer o javali. Ninguém comeu à mão, como o Asterix”, gracejou. Sobre a experiência, António Geirinhas considerou-a “muito agradável”.
“Já tinha ouvido falar das recriações medievais das Experiências Montepio, mas nunca tinha feito nenhuma. Gostámos imenso do jantar, do cenário, do espetáculo. A companhia e o convívio foram muito bons”, completou o Associado, que não sabe como descobriu as Experiências Montepio, há dois anos, mas que já não passa sem elas. “Descobrimos as Experiências Montepio por acaso, talvez num artigo da revista Montepio ou no site. Mas já temos passado a palavra a outros associados para experimentarem.”
EXPERIÊNCIAS MONTEPIO
Qual a próxima recriação histórica em que vai participar?
Experiências para todos os gostos
Para quem gosta de viajar, apreciar uma boa refeição ou simplesmente gozar um momento diferente, é difícil não se sentir tentado a inscrever-se nas Experiências Montepio. Com uma oferta vasta e espalhada por todo o território nacional, as Experiências Montepio estão disponíveis para associados e não-associados, sendo os primeiros, como é óbvio, os que mais beneficiam na altura de se inscreverem.
“Todos os dias vou ao site ver qual é a própria Experiência, e se consigo ir. Há muitos anos que vou, já antes da pandemia”, refere Carla Azevedo. “Já levei os meus pais, os meus cunhados e vários amigos. Bastante gente.” Em 2025, recorda a Associada, levou a família duas vezes a Experiências na zona do Fundão. “Também costumamos fazer muitas Experiências na zona de Sesimbra, mas já fomos para todo o lado. Olha, no sábado vamos a um lanche em Cascais.”
Nas Experiências Montepio, não é preciso levar companhia para se sentir acompanhado. Quem é novo é recebido como um velho amigo e há quem se conheça há muito destas andanças. No entanto, levar a família é muitas vezes um plus para quem gosta de conviver. “O meu filho David, de 21 anos, costuma ir e gosta. Da última vez que fomos às cerejas, ao Fundão, levei os meus pais, que adoraram. Também vamos a muitas Experiências de prova de queijos, por exemplo, com os meus cunhados”, frisa a Associada Montepio, que vive na Moita. “E olhe, estou à espera de uma Experiência de prova de vinhos para levar mais amigos”, confessa.
Realçando a importância de ser o Montepio Associação Mutualista a organizar as iniciativas, porque, se for sozinha, “há sempre pormenores” que lhe causam “preocupação”, a Associada diz que vai continuar a fazer Experiências Montepio mesmo que estas se realizem fora do território português. “Porque não? Se a Associação organizar, claro que nós vamos.”
Apaixonados por cruzeiros – em três anos já fizeram seis –, António e Isabel Geirinhas dão outra dica para a equipa de Experiências do Montepio Associação Mutualista. “Era interessante visitar um cruzeiro ancorado em Santa Apolónia, seguido de um almoço no navio.”
Seja esta ou outra Experiência, o importante é que a iniciativa seja organizada pela Associação. “De outra maneira, não vamos”, afirma António. “No caso desta Experiência de Tomar, por exemplo, nunca daríamos o passo em frente de ir ao convento [de Cristo]. Além de que, a título individual, sai sempre muito mais caro.”
Aos 64 anos e já reformados, António e Isabel Geirinhas estimam ter feito “todas as Experiências disponíveis nos últimos dois anos”. “Sempre que aparece uma nova Experiência, inscrevemo-nos. Agora temos algum tempo para desfrutá-las”, conclui este antigo supervisor de portagens.
Poupança em todas as dimensões
Além de beneficiarem de uma experiência personalizada, preparada ao pormenor, os associados que se inscrevem nas Experiências Montepio podem poupar diretamente, uma vez que a força da Instituição acaba por baixar os preços previamente estabelecidos para o público em geral.
E como de poupança se faz grande parte da vida do Montepio Associação Mutualista, é certo que muitos dos associados que participam nas Experiências têm uma história para contar sobre a sua ligação à Associação. “Tornei-me Associada, com a minha família, há 20 anos. E por uma coincidência: quando mudei de casa, tinha um balcão Montepio por perto. Abri conta particular e de empresa, e um gestor mutualista sugeriu que também me tornasse Associada”, relembra Carla Azevedo. “Como precisava de fazer umas poupanças, deu-me jeito. Um dia, lembrei-me de fazer uma Experiência Montepio e nunca mais parei de ir”, recorda.
“Valorizo muito a poupança. Aproveito os descontos para bilhetes e também uso o Plano Montepio Saúde e o Cartão de Associado. Nestas férias, por exemplo, vou usar num hotel e num spa”, acrescenta a Associada.
António Geirinhas, Associado há mais de 40 anos, já não se lembra da razão pela qual se tornou membro do Montepio Associação Mutualista, mas dá algumas achegas: “O Montepio é uma das grandes instituições portuguesas, como a Santa Casa da Misericórdia ou o Diário de Notícias.” A tradição de poupar passou para a filha que, tendo começado a trabalhar “há um mês e meio”, já recebe conselhos dos pais sobre o salário que agora aufere.
“Disse-me que já está a pensar em fazer as poupanças dela. E eu respondi-lhe: ‘Nem que seja pouco, nem que sejam dez euros por mês, mas faz. É uma maneira de poupares sem dares conta. Não é nada, mas quando precisares tens uma boa maquia para juntar à reforma.’ Foi assim que eu fiz”, concluiu António Geirinhas.
Os templários eram mutualistas?
A resposta é claramente “não”, mas há um elo indireto que liga a Ordem dos Templários, presente no território que hoje conhecemos como Portugal de 1128 a 1312, ano em que foi dissolvida, ao mutualismo como o conhecemos hoje. Isto porque a Ordem dos Templários não era apenas militar e religiosa, mas também desenvolveu um sistema financeiro altamente sofisticado para a época. Na altura, os recursos (financeiros e outros), assim como a gestão da informação e da proteção eram trocados entre as redes templárias de forma quase cooperativa.
Estávamos muito longe do mutualismo como movimento organizado, onde os membros de uma comunidade se unem para oferecer ajuda financeira ou social entre si, sem a procura do lucro, mas com foco nas necessidades coletivas. Contudo, antes de o termo “mutualismo” se popularizar no século XIX, já aparecia em diversos contextos sociais ligados a associações da ajuda mútua, sobretudo na Idade Média e no início da era moderna. Estas associações baseavam-se na contribuição coletiva para o bem de todos os membros que dela faziam parte.