A vida não espera, mas também (já) não acaba aos 50

A vida não espera, mas também (já) não acaba aos 50

A vida de Pedro Norton de Matos dava um filme. Com uma carreira consolidada ligada à gestão de empresas multinacionais, sofreu um AVC a poucos dias de completar 50 anos. No regresso ao ativo, trocou as viagens e os negócios internacionais por projetos locais e ligados ao bem-estar e à sustentabilidade, como o Greenfest e o Bluefest, e abrandou o ritmo. Mais tarde, deixou a cosmopolita Lisboa pela calma de Ponte de Lima, onde hoje se define como um agricultor que acredita nos frutos da sua colheita.

Para quem conheceu Pedro Norton de Matos no final da década de 1990 e início da seguinte, as diferenças saltam à vista. A jardinagem tornou-se não só uma metáfora, mas um guia para a vida: viver ao ritmo da natureza ensina paciência, equilíbrio e propósito. E se a rotina do campo trouxe serenidade, foi sobretudo a consciência de estar vivo que impulsionou a mudança para um novo ciclo. Perdeu-se um gestor, ganhou-se um pensador.

A vida não pode esperar

Em janeiro de 1842, quando o Montepio Associação Mutualista começou a pagar a primeira pensão de sobrevivência aos beneficiários de um Associado falecido nessa data, quem conseguisse sobreviver à infância tinha boas probabilidades de chegar aos 50 ou 60 anos.

Desde então, muito mudou na nossa sociedade. Há poucas décadas, chegar aos 50 anos era quase visto como o início da velhice. Nessa época, era difícil encontrar quem tivesse coragem para arriscar, aprender ou mudar.

Hoje, a perceção é completamente diferente. Os 50 são muitas vezes uma espécie de meio da viagem e não o fecho de um ciclo. Há mais saúde, mais longevidade, mais informação e mais oportunidades de recomeço. Já não é raro alguém iniciar uma segunda carreira, estudar numa nova área, lançar projetos pessoais, mudar de país ou redescobrir paixões tardias.

Mas não basta a vontade para (re)começar. Como em qualquer projeto de vida, é necessário planeamento e segurança financeira para dar o passo seguinte. É aqui que uma instituição secular como o Montepio Associação Mutualista surge como guia, ajudando a estruturar o futuro, transformar planos em realidade e abrir caminhos para uma vida reinventada.

No fundo, começar a viver aos 50 não é apenas uma questão de idade, mas sobretudo de atitude. Como mostram os entrevistados para o artigo “A minha vida começou aos 50”, ainda há tempo para reinventar-se, sem pressa, mas com propósito. Porque a vida, afinal, não espera, mas até aos 100 anos ainda há muito para fazer.

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