Montepio 3.0: nascer e viver sob o signo do Pelicano

Montepio 3.0: nascer e viver sob o signo do Pelicano
15 minutos de leitura
Fotografias de Bruno Barata
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odem os campos de férias da Associação Mutualista Montepio mudar a vida de três gerações? Para a família Silva, sim. Conheça a sua história, que começa com uma viagem à Serra da Estrela e tem como desfecho Manuel, o futuro campista entre os “pelicanos”.

Década de 1970. Arnaldo e Rosário conhecem-se na escola secundária. Começam a namorar, tornam-se bancários – Rosário no Montepio, e o marido noutra instituição – e decidem viver juntos e constituir família no concelho de Sintra. Em 1986, desta união nasce André, o menino que, aos 7 anos, haveria de conhecer as alegrias do campismo, aprender a montar tendas, ajudar a cozinhar num refeitório improvisado, ser ator numa pequena peça de teatro e explorar o desconhecido em jogos e gincanas.

Saltamos para 1993. Quando André tem 7 anos, participa no primeiro acampamento dos Serviços Sociais do Montepio. Estamos em setembro e a aventura não assusta o rapaz.

André estava habituado a viajar. Fazia-o todos os verões com os pais, muitas vezes de carro, pela Europa. O local de campismo onde ficavam era inspirador – um vale junto ao rio Zêzere, na Serra da Estrela. E o programa era rico, com boa coordenação, pedagogia e diversão garantidas.

Para os pais, o sossego é total. A confiança nos monitores permite-lhes, quem sabe, assistir, sem interrupções, ao programa A Roda da Sorte e dançar até às tantas O Elixir da Eterna Juventude, que Sérgio Godinho fez rebentar na rádio nesse mesmo ano. Se “envelhecer é uma arte”, como diz a canção, há que ousar a alegria e a liberdade.

Este foi o primeiro acampamento de André Silva e marcou-o de um modo indelével. Naqueles dias soalheiros, os campistas começaram a ensaiar uma peça de teatro apresentada, vários meses depois, no evento de Natal dos colaboradores Montepio, em Lisboa e no Porto. “Começámos a ensaiar no parque de campismo. Depois tivemos ensaios todas as semanas durante três meses”, recorda o Associado e hoje colaborador Montepio. A própria viagem para a Cidade Invicta permanece na memória do então jovem de 7 anos: “Lembro-me de irmos para o Porto de autocarro, sem pais, e de ficarmos num hotelzinho. Foi a primeira vez que tive uma experiência deste género.”

André conheceu Joana em 2007, numa colónia de férias do Montepio. Da união dos dois nasceu Manuel, em 2020

Uma instituição que é uma família

Bem-vindos a 2021. Para André, os acampamentos Montepio continuam nas rotinas anuais. Quando surgiu a oportunidade de voltar às colónias de férias dos Serviços Sociais Montepio, primeiro como monitor e depois como coordenador, não pensou duas vezes. Esse é, aliás, um percurso muito comum entre os filhos dos colaboradores. “Quase todos os monitores que conheço começaram como campistas, como eu. E os miúdos de 10 anos que comecei a acompanhar hoje já têm 20 anos.” Assim se perpetua o ciclo e a tradição dos “pelicanos”.

Desde 2013 que escolhe uma semana de férias para se dedicar às atividades lúdicas dos Serviços Sociais Montepio. Um sacrifício? Antes pelo contrário. “Quase todos os meus amigos vêm daqui. Têm sido muitas horas juntos, ano após ano, em que vamos crescendo e partilhando muita coisa”, relata o colaborador. No seu caso, dizer “muita coisa” é, na verdade, um eufemismo. Foi numa colónia de férias da Associação, em 2007, que conheceu a sua companheira de vida, Joana. “Eu tinha 21 e ela 19”, recorda. Desta relação nasceu, em 2020, Manuel, para quem os pais já projetam muitas férias ao ar livre, no calor do verão, cumprindo a tradição Montepio e a ligação às coisas simples da vida.

Ao todo, são oito dias de convívio intenso que fica para a vida. É uma “pequena família” que, em breve, vai aumentar. Colaborador do Montepio desde setembro de 2020, é provável que Manuel, o filho, ingresse dentro de poucos anos na rotina campista, juntando-se aos filhos de outros colaboradores que, a partir dos 5 anos, podem frequentar os campos de férias. “Um colaborador do Montepio tem sempre onde deixar os filhos e isso é um descanso”, refere o engenheiro eletrotécnico, que hoje pensa não apenas como filho, mas também como pai.

Os filhos dos colaboradores Montepio podem frequentar os campos de férias da Instituição a partir dos 5 anos. Em 2005, é provável que Manuel se junte aos outros campistas

Regresso ao futuro

Como podemos definir os campos de férias para os filhos dos colaboradores Montepio? Fora a regra de que tudo o que acontece no parque de campismo fica no parque de campismo, há uma estrutura clássica que acompanha estas iniciativas desde a primeira edição.

“Há sempre uma parte pedagógica, muito ar livre e muita diversão. Mas o mais importante é, garantidamente, o convívio”, insiste o engenheiro eletrotécnico. É certo que, desde a década de 1990, o mundo mudou, com os computadores, playstations e telemóveis a marcarem o novo compasso da infância. Ainda assim, nos campos de férias Montepio os programas não mudaram ao longo dos anos. “Nos parques de campismo não existe muita rede de telemóvel e as atividades continuam a não incorporar a tecnologia”, explica. Jogos como a “caça ao som”, desportos como o golfe, futebol ou tiro desportivo, ou as canções partilhadas entre amigos ao luar, são programas intemporais e muitas vezes votados como favoritos.

Tanto pelas boas memórias, como pelo que o presente mantém, André e Joana já projetam uma pequena parte do futuro de Manuel entre tendas de campismo e sombras de pinhal. “Por um lado, com este tipo de iniciativas não temos de andar a fazer ginástica para ter onde deixar os filhos. Acima de tudo, quero que o meu filho me siga as pisadas, porque acho que deve passar por toda a experiência de amizade que eu passei.”

Do Clube Pelicas à proteção financeira

Não é necessário ser filho de um colaborador do Grupo Montepio para ter acesso a propostas de lazer, cultura e até financeiras para os menores de 18 anos. Para fazer parte do Clube Pelicas basta ter até 10 anos e ser Associado Montepio. Os benefícios são vários: descontos e ofertas em brincadeiras, desportos e ateliês, participação em iniciativas originais, como a Corrida Pelicas, receber newsletters com ideias e sugestões, mas também presentes e surpresas várias.

No espaço atmosfera m de Lisboa e Porto, os sócios do Clube Pelicas têm acesso a uma ludoteca e podem frequentar aulas de xadrez, teatro, sessões de ioga, oficinas de expressão plástica e desfrutar de brincadeira regular. Por outro lado, os mais jovens beneficiam ainda de vários descontos em parceiros especializados em desporto, lazer, formação e cultura. Os sócios do Clube Pelicas não pagam entrada no Zoo de Lisboa quando acompanhados por um adulto.

Mas como a vida não se faz apenas de diversão, os associados Montepio têm à disposição uma modalidade mutualista – Montepio Poupança Complementar – que cresce com os mais jovens e permite preparar a etapa da universidade, investir na primeira casa ou no primeiro automóvel quando essa altura chegar. Esta solução permite constituir uma poupança para as suas crianças com um esforço mensal reduzido e total flexibilidade.

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