Setembro 20, 2018

A Economia Social e o Sistema Financeiro em debate

“A Economia Social e o Sistema Financeiro em Portugal” foi o tema principal do debate promovido pelo Internacional Club of Portugal que contou com a presença de António Tomás Correia como orador-convidado.
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A intervenção do Presidente do Grupo Montepio, convidado como orador para o almoço-debate “A Economia Social e o Sistema Financeiro em Portugal”, promovido pelo Internacional Club of Portugal, incidiu sobre as questões demográficas, a longevidade, as perspetivas de evolução, a economia social e o negócio segurador.

António Tomás Correia, a respeito da realidade do nosso País, referiu que “há um longo caminho a percorrer para nos aproximarmos das melhores práticas dos países da União Europeia. Sendo o peso da Economia Social em Portugal de apenas 2,8% para o valor acrescentado bruto, este é muito desfavorável quando comparado com os países nórdicos, por exemplo”.

“As questões da longevidade em Portugal colocam novos desafios à sociedade”, acrescentou. “Há três grandes ciclos de vida: o ciclo que vai do nascimento até à formação, o ciclo em que entramos na vida ativa e o ciclo em que ficamos à espera de ver o que acontece com o objetivo de vivermos o mais tempo possível com qualidade”, referiu, reforçando que o mais provável será a longevidade ultrapassar os cem anos de vida, o que acarretará sérios problemas do ponto de vista financeiro (pensões), mas também da saúde.

A Economia Social noutros países da União Europeia assume maior relevância que em Portugal, porquanto, defende Tomás Correia, as instituições deste setor devem ter a capacidade de se organizarem e desenvolverem bancos de retalho, com produtos e serviços acessíveis às pessoas e às instituições. “O conjunto das instituições da economia social que operam no setor financeiro têm todas as condições para se transformarem num grande banco de retalho em Portugal”, reiterou. “Noutros países, é a estas instituições que a poupança é confiada, sendo gerida sob a forma de produtos de proteção ou bancários.”