Museu do Tesouro Real recebe 20 associados
A Associação Montepio proporcionou, uma visita a um grupo de associados para testemunharem a história nacional construída ao longo de quase 8 séculos, neste recém-inaugurado Museu do Tesouro Real / Joias da Coroa, que expõe de forma permanente grande parte dos antigos bens da antiga Casa Real portuguesa, tanto obras pertencentes à Coroa, como provenientes das antigas coleções particulares dos vários membros da família real portuguesa.
O Museu é composto por 11 núcleos e a visita teve início junto ao Ouro e os diamantes do Brasil, onde é apresentada uma amostra de exemplares em bruto dos metais e das gemas, seguido dum conjunto de moedas e medalhas da Coroa.
Os associados visitaram também a coleção de joias e espadas onde ficou patente a mestria dos artesãos da época, mas também o gosto e a moda dos diferentes membros da casa real através das diferentes épocas. Durante a visita as chamadas Joias para ocasiões de luto despertaram a curiosidade dos presentes assim como os “esqueletos” em prata e ouro de algumas tiaras e joias às quais foram removidas pedras preciosas que provavelmente foram usadas para pagamento de dívidas.
Assim, nesta maravilhosa coleção, digna de visita, poderemos percorrer a história de Portugal cruzando os momentos áureos com as vicissitudes de diversos momentos e conjunturas menos favoráveis que fortaleceram ou depreciaram a atual coleção. É sabido que durante o terramoto de 1755 a destruição atingiu o Paço da Ribeira e as antigas coleções régias pelo que um novo tesouro em reconstrução continuou a servir a Corte, mesmo em terras do Brasil – consequência das invasões francesas.
Se gostava de visitar esta exposição com um guia profissional, tem a possibilidade de realizar esta visita guiada no dia 17 de julho, às 17h00 com a sua associação. Clique aqui e conheça a agenda.
Sabia que…
Os Portugueses, desde a sua chegada ao Brasil em 1500, procuraram ouro e pedras preciosas, mas, só no final de 1600, é que descobriram as possantes jazidas de ouro na região posteriormente apelidada de Minas Gerais. A corrida ao ouro trouxe inúmeros exploradores e aventureiros à região que, olhando para o chão, não tardaram a encontrar os almejados diamantes em enorme e inédita quantidade, no primeiro quartel do século XVIII. É esta descoberta que explica a mudança de paradigma na joalharia, que passa a ser definida não pelos metais preciosos, mas sim pelas pedrarias, conferindo aos cravadores um protagonismo singular.