Bullying na escola: como identificar, prevenir e combater
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Clique aquiPrevenir o bullying na escola é a melhor forma de o travar, começando na sensibilização da comunidade: dos pais aos professores, sem esquecer os alunos. Saiba como ajudar a derrubar este obstáculo ao desenvolvimento dos mais jovens.
Bullying na escola: o que é
O bullying na escola é um conjunto de práticas de violência, seja ela verbal, física ou psicológica, que tem lugar em ambiente escolar e direciona-se a um alvo específico. A consequência mais imediata é a humilhação, mas, a longo prazo, esta forma de assédio moral pode gerar dificuldades no desenvolvimento pessoal e social da vítima, traumas, distúrbios comportamentais e psicológicos.
A palavra bullying surge do inglês bull – touro – e remete para a imagem combativa do animal, juntamente com a ideia de continuidade e persistência (dada pelo sufixo ing). Por isso, ao contrário de episódios de conflito isolados, fala-se de bullying na escola quando as agressões em relação à mesma pessoa (ou conjunto de pessoas) são contínuas e repetitivas. Aqui, a noção de “perseguição” está implícita.
Estima-se que, em todo o mundo, uma em cada três crianças tenha sido vítima de bullying no espaço de um mês, em 2019, segundo um relatório da UNESCO. Além de ser uma realidade frequente, o bullying estende-se, ainda, a várias fases do desenvolvimento: começa a evidenciar-se no 1.º ciclo do ensino básico e aumenta ao longo do 2.º ciclo, com o pico a formar-se, normalmente, por volta dos 13 anos (8.º ano de escolaridade).
Quais os sinais a que deve estar atento?
Para combater o bullying é essencial saber identificar sinais de alerta. A Direção-Geral da Educação aconselha a que, em cada escola, sejam constituídas equipas focadas em identificar, prevenir, intervir e combater fenómenos de violência, através de uma atitude positiva e construtiva. Destas equipas, devem fazer parte profissionais que dominem os temas da cidadania e inclusão e que possam contribuir para o desenvolvimento de competências sociais e emocionais dos alunos, entre os quais:
- Docentes;
- Alunos e alunas de referência, atentos e sensíveis a estas questões;
- Psicólogos;
- Profissionais não-docentes;
- Encarregados de educação.
Estar atento a possíveis sinais de bullying é, no fundo, acompanhar ao pormenor os comportamentos dos alunos. Assim, deve ter especial atenção às seguintes situações:
- Recusa em ir à escola;
- Humor instável;
- Maior irritabilidade;
- Baixa autoestima;
- Medo ou timidez excessiva;
- Alterações de sono ou de apetite;
- Maiores dificuldades de aprendizagem.
Como prevenir o bullying na escola
Há dois princípios fundamentais para evitar o bullying na escola: a promoção da não violência e a inclusão. Esta é uma forma de assegurar o direito à educação para todos, independentemente da sua condição económica, cultural ou social, das convicções políticas, ideológicas, filosóficas ou religiosas, da origem étnica, da idade, da identidade de género, orientação sexual, saúde e ou sexo.
Como defende a Direção-Geral da Educação no projeto Escola sem Bullying, Escola sem Violência, deve-se “identificar eventuais necessidades da escola para que se proporcione um ambiente saudável e seguro” e sensibilizar para comportamentos inclusivos. Quanto mais familiarizados com a diversidade estiverem as crianças, adolescentes, pais, encarregados de educação, docentes e outros profissionais do contexto educativo, melhores serão os prognósticos do ambiente escolar.
Tome nota
O combate ao bullying deve partir de uma perspetiva holística e de continuidade, como defendem os peritos da iniciativa ENABLE – Rede Europeia Contra o Bullying em Ambientes de Aprendizagem e Lazer. O projeto encoraja os alunos a refletir “sobre os seus próprios comportamentos e o comportamento dos seus pares”, ao mesmo tempo que forma professores, estudantes, pais e encarregados de educação sobre as diferentes dimensões do bullying.
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