A arte à boleia do metro de Lisboa
As estações do Metropolitano de Lisboa são uma das mais importantes galerias de arte pública da cidade.
Contudo, na azáfama do dia a dia, poucos são os utilizadores que param para apreciar os detalhes arquitetónicos.
Integrados no Programa AMMe, um grupo de associados teve oportunidade de participar num passeio guiado pelas estações mais emblemáticas do Metro de Lisboa, que deu a conhecer o património cultural e artístico que aí se esconde e que contribui para uma maior humanização da capital lisboeta.
O passeio teve início na estação da Praça do Comércio, onde foi dada uma breve explicação sobre a criação, desenvolvimento e crescimento do Metropolitano. Depois, ao longo de três horas e à medida que visitavam cada estação, os participantes puderam apreciar diversas obras de arte.
Na estação dos Restauradores foi possível apreciar os painéis de azulejo do pintor Nadir Afonso, inspirados em seis cidades estrangeiras. Seguiu-se a estação do Marquês de Pombal, onde o grupo apreciou as intervenções plásticas dos artistas Menez e João Cutileiro, cuja principal inspiração é Sebastião José de Carvalho e Melo, figura carismática da História de Portugal com tão grande impacto no nosso imaginário coletivo e que dá nome ao local.
A viagem prosseguiu para a estação do Parque, conhecida por apresentar belíssimas obras relacionadas com os Direitos Humanos e com a época dos Descobrimentos portugueses, em alternância com frases de escritores, poetas e filósofos. Aí, os associados descobriram um mapa-mundo concebido pela pintora Maria Keil, que ilustra as rotas percorridas pelos navegadores portugueses.
Foi ainda possível visitar a estação das Olaias, caracterizada por um enormíssimo átrio e cujo projeto arquitetónico é da autoria do Arq. Tomás Taveira, a estação de Chelas, uma das mais coloridas, e a estação dos Olivais, onde os associados puderam contemplar as imagens alusivas ao navegador Vasco da Gama, pintadas no azulejo por Nuno de Siqueira.
O passeio terminou na estação do Oriente, inaugurada dias antes da abertura oficial da Exposição Mundial de 1998, e cuja componente artística ficou a cargo de 11 reconhecidos artistas, representativos dos cinco continentes – cinco europeus, três asiáticos, um africano, um americano e um australiano.