8 regras de ouro para uma boa gestão financeira

Alcançar o sucesso financeiro não é uma ciência, mas algumas regras são fundamentais para uma tese ganhadora na gestão dos seus recursos. Saiba o que pode fazer para dar um destino promissor às suas finanças.
Artigo atualizado a 02-11-2021

“Estar preparado é metade da vitória”. Para a maior parte dos portugueses não é necessário recorrer à célebre frase de Miguel de Cervantes para saber que, assim como poucas coisas na vida se alcançam sem preparação e esforço, também na gestão financeira a história não é diferente.

Quantos não sonharão com a desejada independência financeira, vivendo anos de descanso à sombra de rendimentos. Sonhos que passam por seis zeros depois de um simples 1 ou por um prémio de uma qualquer totolotaria que transforme um mero trabalhador num milionário. Se quer vencer a batalha com as suas finanças e alcançar sucesso na gestão financeira prepare-se para tornar os seus sonhos mais reais.

Para uma boa gestão financeira…

1. Faça um orçamento

Imagine que estava a gerir um qualquer negócio sem ferramentas de gestão, navegando à vista. Será que saberia quais seriam as suas despesas ou receitas futuras e que este modelo resistira durante muito tempo? Não é por acaso que as empresas possuem, por exemplo, um orçamento. Fazer previsões ajuda a perceber e a enfrentar melhor os cenários traçados. Por isso, pense na sua família como uma microempresa, que tem receitas (os salários, pensões ou juros de investimentos) e despesas (prestações de créditos, rendas ou contas de serviços) e maximize o que pode tirar dela. O objetivo? Libertar dinheiro para poupar. Isto é, reduzir despesa desnecessária e aumentar os seus lucros caseiros.

Dica: Aponte todas as despesas e receitas durante alguns meses antes de fazer o seu orçamento para conhecer bem o seu padrão de gastos e rendimentos. Além disso, controle com frequência a sua conta bancária para saber se está a cumprir com o planeado.

2. Poupe sempre

Poupar, poupar, poupar. Não é novidade, mas podia ser o slogan de uma gestão financeira equilibrada. A maioria dos manuais finanças aponta para uma poupança de 10% do seu rendimento mensal, como a poupança ideal, mas não é uma regra que muitos possam seguir.

Dica: Comece por transferir para os seus investimentos (conta poupança, depósito, reforço de um fundo de investimento) uma fatia do seu salário antes de começar a pagar as suas contas.

3. Tenha um plano

Se folhear as páginas de um dos muitos manuais de finanças pessoais à venda em Portugal vai certamente encontrar um capítulo, um separador ou algumas páginas sobre o planeamento dos seus investimentos. E a razão é simples. Para conseguir ter sucesso na gestão financeira tem de ter objetivos. Aqui vai precisar de conhecer-se, saber que produtos financeiros tem no mercado à sua disposição e constituir uma carteira equilibrada para chegar às suas metas. Comprar casa, preparar a reforma ou ajudar os estudos de um filho são possíveis objetivos numa família.

Dica: Comece o seu plano fazendo as perguntas: Onde? Como? Quando? Se souber para onde quer ir com o seu dinheiro, como pode fazer para lá chegar e quanto tempo tem para alcançar o destino será mais fácil realizar os seus desejos.

4. Conheça o seu perfil

Há investidores para todos os gostos. Aspirantes a acionistas, sem coragem para enfrentar as bolsas. Os que gostam de correr riscos e aumentar o potencial ganho com o seu investimento. E os que procuram jogar com o melhor dos dois mundos: risco pela metade, retornos potenciais equivalentes. Normalmente, os investidores separam-se em categorias como conservador (quem prefere investimentos com menos risco), moderado (quem mistura investimentos de risco médio – dívida – com pequenas parcelas de baixo e elevado) e agressivo (quem está disposto a tomar risco elevado na sua carteira, em instrumentos com maior potencial de valorização como as ações).

Dica: Procure sempre investir em produtos que pelo menos cubram a taxa de inflação correspondente ao seu período de investimento.

5. Diversifique os investimentos

Para não estar exposto aos humores de “um cavalo de corrida” o melhor é jogar pelo seguro e equilibrar a sua carteira de investimentos. Tenha uma base de liquidez que permita fazer face a algum imprevisto. Depois, expanda a sua carteira conforme o seu perfil de risco. Mais ações permite sonhar com maiores retornos, mas tem maior risco. Menos mercados bolsistas potencia menores ganhos, mas normalmente traduz-se em menor volatilidade. Se gosta de ações e tem pouco capital para investir, a solução poderá passar por um fundo de investimento nestes títulos que diversifica a sua carteira por diferentes títulos na bolsa e reduz o risco de estar exposto a poucas empresas.

Dica: “Uma diversificação ampla só é necessária quando os investidores não percebem o que estão a fazer”, afirma Warren Buffett, um dos mais famosos investidores do mundo. Não exagere na diversificação e na detenção de produtos em excesso.

6. Proteja a sua família

Toda a proteção é útil na hora de falar de dinheiro. Se não tem uma poupança para enfrentar um imprevisto comece já por procurar constituir um produto financeiro de baixo risco (depósito, solução de poupança) que albergue poupanças que mantenham as suas despesas correntes por um período entre 3 e 6 meses. Além disso, mantenha o seu património bem seguro. A casa, o carro e a sua família devem estar bem protegidos. Se o seu rendimento é fundamental para a sua casa, equacione a realização de um seguro de vida que mantenha a sua família em caso de infortúnio.

Dica: Não dobre as coberturas dos seguros e leia bem os contratos que efetua. Além disso, não adie a contratação de  um seguro porque poderá ser tarde.

7. Capitalize

Juros com mais juros. É isto que poderá fazer com a capitalização dos rendimentos dos seus investimentos, através dos juros compostos. Por exemplo, se constituir uma solução de poupança que pague regularmente juros e os reinvestir vai estar a criar dinheiro do dinheiro ganho com essa aplicação. Não é por acaso que Albert Einstein se referia à capitalização como “a força mais poderosa do universo”. Se conseguir ganhar dinheiro nas suas aplicações e voltar a receber algum rendimento pelo investimento desse acréscimo ao seu património estará no bom caminho.

Dica: Procure produtos de poupança que possibilitem a capitalização dos juros. Em alternativa, faça você o trabalho de casa reinvestindo o dinheiro que ganha nos seus investimentos.

8. Pense já na reforma

Poupar para a reforma não é para os mais velhos. O seu futuro dependerá muito do que faz hoje. Por isso, não perca tempo se quer começar hoje a preparar o seu descanso. Se ainda está longe de alcançar a idade da reforma procure maximizar as suas poupanças. As ações são um ativo com risco elevado, mas a distância do caminho permite aliviar um pouco a elevada volatilidade dos mercados.

Dica: Nunca esqueça a inflação, os impostos e as comissões dos seus investimentos. Estas variáveis podem determinar se tem ganhos reais ou se perde dinheiro durante os seus anos de aforro. Além disso, ajuste os seus objetivos de poupança: 50 mil euros hoje não valem o mesmo que daqui a 30 anos.

Agora que já conhece as regras essenciais para uma boa gestão financeira, só tem que as colocar em prática. Preparado?

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