Paula Guimarães: "Programa FACES é uma aposta ganha"

Em entrevista ao Ei, Paula Guimarães, diretora da Fundação Montepio, faz um balanço "muito positivo" da segunda edição do Programa FACES.
Artigo atualizado a 03-10-2018

Financiar projetos de intervenção social que promovam a empregabilidade de pessoas com deficiência, a inclusão de crianças e jovens em situação de risco ou respostas a famílias vulneráveis e pessoas sem-abrigo. Este é o objetivo do Programa FACES, uma iniciativa da Fundação Montepio.

A primeira edição do FACES aconteceu em 2017 e financiou 18 projetos de entidades da economia social, num total de 278 648 euros. Na segunda edição deste programa, que decorreu este ano, foram apoiados 19 projetos de entidades da economia social, que totalizaram um financiamento de 343 259 euros.

Que balanço faz da segunda edição do Programa FACES?

O balanço é muito positivo. A qualidade das candidaturas foi superior à do ano anterior e a maturidade dos projetos superou a nossa expectativa.

Quais as semelhanças e as diferenças em relação à primeira edição?

Continuamos a verificar que os distritos do interior e do sul do país apresentam menos candidaturas e mais dificuldades na sua construção e os projetos do FACES 2 (inclusão de crianças e jovens em situação de risco) são menos inovadores. Por outro lado, notamos maior domínio dos conceitos de sustentabilidade e parceria, que são indicadores muito relevantes para nós.

Nesta segunda edição, o financiamento foi superior. Qual é o critério para o montante a financiar?

A Fundação afeta anualmente um montante a este programa, mas que só aplica se os projetos o justificarem. O valor depende da dotação anual da Associação Mutualista e do valor despendido no projeto Frota Solidária.

Há projetos que voltaram a ser apoiados na segunda edição do FACES. A que se deve esta repetição?

Ao facto de terem apresentado novas etapas de desenvolvimento e crescimento e porque preferimos voltar a investir numa candidatura de sucesso, garantindo que atinge o patamar de autonomia que pretendemos.

Mais uma vez, foi o setor da empregabilidade na deficiência que teve mais projetos apoiados? Há alguma explicação para esta tendência?

Creio que se deve ao contínuo aperfeiçoamento e inovação que estas entidades procuram de forma permanente e ao facto de existir uma grande proximidade entre os dirigentes e os beneficiários, havendo uma melhor perceção das necessidades e maior visão do futuro.

O que destaca destes dois anos do Programa FACES?

A possibilidade de conhecermos mais entidades da economia social, de podermos comparar os seus objetivos e metodologias e ,sobretudo, de promovermos uma aproximação entre elas, de modo a rentabilizar e partilhar as suas conquistas e experiências.

O Programa FACES é para continuar? Nos mesmos moldes?

Isso depende, naturalmente, da decisão do Conselho de Administração da Fundação Montepio. Mas a opinião da equipa técnica é a de que o programa é uma aposta ganha.

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