Festival Montepio às Vezes o Amor regressa em fevereiro

A 11.ª edição do festival de música Montepio Às Vezes o Amor foi apresentada em Lisboa, no espaço atmosfera m, com um showcase dos Santos & Pecadores. A banda regressa aos palcos para dois concertos: no Porto, a 14 de fevereiro, e em Lisboa, no dia seguinte.

Lura, Tiago Pais Dias, Jessica Cipriano e Andreia Verdugo – do conjunto Para Sempre Marco -, João Pedro Pais e Sara Cruz, outros dos artistas que vão atuar nesta edição do festival, também estiveram presentes na cerimónia de apresentação, conduzida por Rita Marrafa de Carvalho, jornalista da RTP, media partner do evento.

10: um número bem redondo

Em 2025, o festival Montepio Às Vezes o Amor completa uma década dedicada à música portuguesa e consolida-se como um dos eventos culturais mais importantes do país. Ao longo destes 10 anos, mais de 50 artistas participaram nesta celebração do amor que percorreu mais de 30 cidades e atraiu mais de 143 mil espectadores aos seus concertos.

A descentralização cultural é, aliás, um dos pilares do festival. “Temos um enorme carinho pela música portuguesa, especialmente pela descentralização. A possibilidade de levar a cultura a todo o país é algo que valorizamos profundamente, permitindo que mais pessoas possam assistir a estes espetáculos”, afirmou Rita Pinho Branco, diretora de Comunicação, Marketing e Digital do Montepio Associação Mutualista.

Com esta missão em mente, o certame continua a desbravar novas localidades. “Este ano, Barreiro, Penafiel, Valongo e Lagoa (Açores) estreiam-se como palcos do festival. Temos tentado manter viva esta chama ao trazer novos artistas, novas cidades e conquistar novos públicos”, enfatizou Luís Pardelha, promotor do festival.

“As canções de amor são a prata da casa”

Uma das grandes novidades desta edição é o regresso de uma banda icónica e que estava afastada dos palcos há 11 anos. Os Santos & Pecadores, conhecidos por sucessos como Não voltarei a ser fiel ou Fala-me de amor, que marcaram gerações, voltam ao ativo com concertos em Lisboa e no Porto.

“Estamos muito entusiasmados com este regresso”, sublinhou Olavo Bilac, vocalista dos Santos & Pecadores, à margem do evento. “Depois de tanto tempo de interregno, o primeiro dia de ensaios foi uma verdadeira festa. Parecia que nunca tínhamos estado separados. Foi maravilhoso relembrar tudo e sentir a alegria de estarmos juntos novamente.”

A banda está a preparar um espetáculo dinâmico, com a duração de 2h30, que combina momentos emotivos com uma energia festiva. “As canções de amor são a prata da casa dos Santos & Pecadores. Mas queremos que o público se divirta, por isso será um espetáculo bastante interativo”, prosseguiu o músico. Haverá, ainda, dois músicos convidados. “O Yuri, na percussão, e Rui Fernandes, no saxofone, que vão trazer novos elementos ao espetáculo”, acrescentou Olavo Bilac.

“Já fizeram pedidos de namoro no festival”

João Pedro Pais é, também, cabeça de cartaz do certame. O artista, que é presença assídua no festival, destacou a diversidade do público que tem encontrado ao longo dos anos nas diferentes localidades: “As pessoas têm formas diferentes de se expressarem, mas costumam aderir. Os concertos esgotam, o que é gratificante.”

Esta relação próxima é algo que o artista valoriza, especialmente quando se reflete em momentos marcantes para os fãs. “Já me disseram que fizeram pedidos de namoro durante o concerto ou que casaram ao som de uma música minha. Esses são sempre momentos especiais”, relembra João Pedro Pais.

O músico, que irá atuar no dia 14 de fevereiro, no Cineteatro de Amarante, e no dia 15 de fevereiro, em Peso da Régua, tem uma surpresa especial para o público: “Vou lançar um single novo, que ainda não tem nome, mas vou apresentá-lo no festival”.

Uma celebração do amor

A 11.ª edição do Festival Montepio Às Vezes o Amor será uma celebração do amor e da música, com um cartaz que reúne grandes nomes da música portuguesa. Entre os artistas confirmados estão Jorge Palma, João Pedro Pais, Marisa Liz, Lura, Lena d’Água, Raquel Tavares, Santos & Pecadores, Sara Cruz, o projeto Para Sempre Marco, Noble e Nuno Ribeiro.

Os concertos decorrem nos dias 13, 14 e 15 de fevereiro, em 13 cidades de norte a sul do país e ilhas (Açores). Os bilhetes já estão à venda. Os associados Montepio beneficiam de 20% de desconto na aquisição de ingressos. Saiba mais aqui.

3 perguntas a… Rita Pinho Branco, diretora de Comunicação, Marketing e Canais do Montepio Associação Mutualista

Em 2015, quando o festival foi realizado pela primeira vez, imaginavam que celebraria 10 anos?

Honestamente, não. Não é comum que uma parceria como esta dure tanto tempo. Muitas vezes, as marcas optam por diversificar os seus investimentos e patrocínios, mas este projeto tem-se mantido porque os resultados falam por si. Todos os anos avaliamos o impacto do festival, e, até agora, os resultados justificam plenamente a sua continuidade. É um sinal claro de que esta parceria funciona.

Houve algum momento particularmente simbólico ao longo destes 10 anos?

O período da pandemia foi marcante. Enquanto muitos espetáculos e festivais foram cancelados, nós continuámos. Foi uma forma de apoiar os artistas e as equipas técnicas, que enfrentavam grandes dificuldades. Além disso, foi especial ver o público a regressar às salas, mesmo com todas as restrições, para desfrutar novamente de música ao vivo. Foi um momento de alegria partilhada, que ficará para sempre na história do festival.

A cultura é parte essencial do Montepio Associação Mutualista. De que forma o festival reflete os valores da instituição?

Como instituição portuguesa, temos muito orgulho em apoiar a cultura produzida em Portugal e em língua portuguesa. Para nós, a cultura é fundamental para o bem-estar e a felicidade das pessoas. Este festival reflete os nossos valores de inclusão e descentralização, levando espetáculos de música, teatro, poesia e outras artes a várias localidades do país. Queremos garantir que os nossos associados, independentemente de onde vivem, tenham acesso a momentos culturais de qualidade, não limitados apenas às grandes cidades. E o futuro do festival continuará a focar-se na promoção de jovens talentos. Há muita arte menos conhecida e muitos artistas em início de carreira que merecem a oportunidade e a visibilidade.