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Maio 15, 2025

MGAM acolhe Conferência “Beira em Lisboa” dedicada ao V Centenário de Camões

O Auditório António da Costa Leal, no edifício-sede do Montepio Associação Mutualista, acolheu, a 14 de maio, a realização da Conferência “Beira em Lisboa – 500 anos depois de Camões”, uma iniciativa integrada nas comemorações do V Centenário do Nascimento de Luís de Camões, que contou com a presença de Virgílio Boavista Lima, presidente do Montepio Associação Mutualista e do Grupo Montepio
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Promovida em parceria com o Observatório de Ideias Contemporâneas Azeredo Perdigão, a conferência reuniu destacados pensadores e académicos portugueses e internacionais numa reflexão profunda sobre o legado camoniano, a identidade cultural portuguesa e a importância da língua como património coletivo.

Na sessão de abertura, Virgílio Boavista Lima agradeceu ao Observatório por ter aceitado o desafio de realizar, pela primeira vez, uma Conferência Beira, em Lisboa, e destacou a relevância do tema: “A oportunidade que nos é dada, de revisitar a obra de Camões, confrontando-a com outras perspetivas sobre a cultura e a sociedade e com reflexões sobre a identidade portuguesa, constitui um enorme privilégio, em particular pela generosidade dos oradores, que tão prontamente aceitaram o convite para participar e connosco partilharem o seu saber.”

Num discurso de forte simbolismo, Virgílio Lima traçou ainda um elo entre a missão do Montepio Associação Mutualista e o legado camoniano: “Camões é um dos maiores símbolos da identidade e cultura portuguesas; o Montepio – não se equiparando na grandiosidade –, nasceu no século XIX com uma missão solidária, profundamente enraizada nos valores comunitários portugueses. Ambos representam pilares da construção e reforço da identidade nacional.”

A conferência foi estruturada em três momentos principais. Isabel Rio Novo, professora na Universidade do Porto e autora de uma das mais reconhecidas biografias de Camões, abriu o ciclo de intervenções com uma análise renovada sobre a figura e a obra do poeta.

Seguiu-se Manuel Maria Carrilho, filósofo e professor universitário, que refletiu sobre a construção da identidade nacional a partir de Camões, cruzando-a com os contributos de pensadores como Pessoa, Eduardo Lourenço e Agustina Bessa-Luís, respondendo também à questão: “O que somos nós e como nos vemos a nós próprios?”.

O encerramento esteve a cargo de Dominique Wolton, sociólogo francês, que destacou o papel da língua na afirmação dos povos no mundo globalizado contemporâneo.

Com esta iniciativa, o Montepio Associação Mutualista reafirma o seu compromisso com a valorização da cultura e da identidade portuguesas, homenageando aquele que é considerado o maior poeta da língua portuguesa e uma figura intemporal da nossa história coletiva – Luís Vaz de Camões.