Check-up médico: quando e por que deve fazer?
O check-up médico é fundamental na prevenção, no diagnóstico precoce e no tratamento de doenças. Esta avaliação permite identificar patologias em fases iniciais, mesmo antes da manifestação dos sintomas. Neste artigo, explicamos ao pormenor todas as vantagens de realizar um check-up médico, assim como a periodicidade com que deve ser realizado.
O que é um check-up médico?
O check-up médico é o estudo sobre o estado de saúde de uma pessoa. Realizado por um profissional — geralmente o médico de família ou um especialista em Medicina Geral e Familiar (caso consulte um hospital privado) —, o check-up identifica possíveis problemas de saúde, com o objetivo de prevenir a evolução de diferentes patologias.
O ponto de partida do check-up médico é uma consulta, na qual o profissional de saúde conversa e recolhe dados importantes sobre o paciente, desde os hábitos de vida (alimentação, exercício, sono, stress, entre outros), peso, tensão arterial, idade e histórico de saúde e familiar. Com base nesta informação, o médico prescreve um conjunto de análises e de exames, deixando, também, outros conselhos relevantes para a melhoria da qualidade de vida do paciente.
Caso seja necessário, o médico encaminha o paciente para outras especialidades médicas, no sentido de aprofundar os resultados iniciais dos exames e das análises.
Check-up médico: quais as vantagens?
Não existem praticamente desvantagens em fazer um check-up médico, à exceção das financeiras (ver caixa). Ao invés, fazer um estudo sobre a sua saúde poderá ajudar a:
- Prevenir doenças e monitorizar a saúde. O check-up identifica problemas de saúde antes que estes evoluam e se tornem mais graves e difíceis de tratar;
- Detetar doenças na sua fase inicial. Deste modo, o paciente pode iniciar os tratamentos de forma atempada, o que resulta em melhores prognósticos;
- Gerir patologias crónicas. Para quem sofre de diabetes, hipertensão ou doenças cardíacas, por exemplo, o check-up médico é fundamental para controlar a sua evolução e, se necessário, ajustar o tratamento;
- Relembrar as boas práticas médicas. Durante a consulta, o profissional de saúde deixa conselhos e esclarece dúvidas sobre alimentação, exercício, sono e outros importantes pilares para uma vida saudável.
- Fazer uma avaliação geral. O check-up permite um diagnóstico abrangente do estado de saúde. Deve, no entanto, realizar-se por recomendação médica, ajustando-se às necessidades do paciente.
Poupe no seu check-up com o Plano Montepio Saúde
Sabe qual é a única desvantagem do check-up médico? O custo, que pode ser elevado. Porém, existe uma forma de reduzir o impacto financeiro do check-up na sua carteira. Ao tornar-se Associado Montepio tem acesso imediato ao Plano Montepio Saúde, solução gratuita que lhe permite usufruir de descontos em centenas de hospitais e clínicas privadas de todo o país. CUF, HPA Saúde ou os Laboratórios Germano de Sousa são alguns dos parceiros do Plano Montepio Saúde. Para beneficiar de todas as vantagens deste plano, basta apresentar o seu Cartão de Associado.
Qual a melhor altura para realizar um check-up médico?
Se o paciente apresentar um bom estado de saúde, não necessita de realizar um check-up médico todos os anos. Mais do que uma lista universal de exames, a decisão de realizar, ou não, análises e exames laboratoriais de rastreio deve ser, antes, baseada na idade, no sexo e nos fatores de risco individuais.
Várias organizações médicas e de saúde, incluindo a Ordem dos Médicos, em Portugal, desaconselham a realização de exames de rotina anuais generalizados para adultos assintomáticos (isto é, sem sintomas) e sem fatores de risco específicos.
A evidência científica aponta no mesmo sentido: estudos concluíram que a realização destas avaliações de saúde periódicas e abrangentes em adultos saudáveis, e sem fatores de risco, não reduzem a incidência de doenças cardiovasculares ou oncológicas, podendo até causar danos não intencionais aos pacientes. A prática indiscriminada de exames de diagnóstico pode conduzir ainda a resultados falso-positivos, o que, por sua vez, resulta na realização de testes adicionais desnecessários.
A Ordem dos Médicos lembra, no entanto, que esta recomendação aplica-se apenas a exames gerais de saúde, não abrangendo as consultas médicas por patologias agudas, o acompanhamento de doenças crónicas ou os rastreios com base em evidências científicas.
Que análises e exames são recomendados num check-up?
Estes são os principais exames e análises que poderão ser prescritos por um especialista numa consulta de check-up.
- Exames de sangue: hemograma completo (contagem de células sanguíneas); perfil lipídico (conjunto de exames que analisam os níveis de gordura no sangue, permitindo avaliar os diferentes tipos de colesterol); glicemia (confirma os níveis de glicose no sangue, a fim de diagnosticar ou monitorar diabetes e avaliar a saúde metabólica); função hepática (inclui testes que avaliam a saúde do fígado), entre outros;
- Densitometria óssea: exame para rastrear a osteoporose, recomendado a partir dos 50 anos, especialmente em mulheres na pós-menopausa;
- Eletrocardiograma (ECG): este exame, que avalia a saúde cardíaca, poderá ser recomendado a partir dos 50 anos, dependendo da presença de fatores de risco cardiovasculares;
- Citologia cérvico-vaginal (para mulheres): também conhecido por teste de Papanicolau, este exame rastreia o cancro do colo do útero. É recomendado a partir do momento em que a mulher se torna sexualmente ativa ou a partir dos 21 anos;
- Mamografia (para mulheres): o exame que faz o despiste do cancro da mama deve ser realizado entre os 50 e os 69 anos, de dois em dois anos. Em casos específicos, pode ser recomendada a realização do exame mais cedo.
- Colonoscopia: para o rastreio do cancro do cólon, geralmente recomendado a partir dos 50 anos.
- Antígeno Prostático Específico (para homens): mais conhecido por PSA, o exame que faz o despiste do cancro da próstata deve ser feito a partir dos 50 anos. Em casos específicos, pode ser recomendada a realização do exame mais cedo.
Os conteúdos do blogue Ei – Educação e Informação não dispensam a consulta da respetiva informação legal e não configuram qualquer recomendação.
Este artigo foi útil?