5 conselhos para contrariar a síndrome pós-férias

A motivação dos colaboradores é uma parte fundamental do sucesso dos projetos. Neste regresso das férias, e depois de semanas de descanso sem rotinas, o impacto da realidade pode funcionar como um fator desmotivador e fonte de stress.
Artigo atualizado a 23-09-2022

Em alguns casos,  a síndrome pós-férias dura apenas poucos dias. Noutros, pode arrastar-se durante semanas, afetando a produtividade da empresa. O talento dos seus colaboradores permanece, mas é preciso reacender a faísca da motivação e concentração profissionais. Reconhece os sinais e sabe como deve agir?

3 sinais de síndrome pós-férias

Um líder habilitado conseguirá identificar os colaboradores que regressaram ao trabalho em velocidade de cruzeiro e aqueles que lutam internamente para voltar à rotina laboral. Esteja atento aos seguintes sinais:

1. Falta de entusiasmo e pessimismo

O colaborador cumpre as tarefas de forma quase mecânica, sem entusiasmo e sem inputs criativos à estratégia da empresa? Ou, por outro lado, costumava ser o elemento da equipa com ânimo positivo e agora tem sempre uma visão pessimista dos desafios que a empresa tem pela frente? Este é um sinal de alerta importante de síndrome pós-férias;

2. Pouca concentração

Esteja atento à forma como o colaborador cumpre as tarefas diárias. Se demora mais tempo do que o normal ou se, apesar do mesmo tempo, o trabalho é feito com menor qualidade, poderá estar perante um trabalhador que ainda não se conseguiu adaptar à rotina;

3. Irritabilidade

Nestes casos, os colaboradores mantêm a fasquia de trabalho e produtividade habitual, mas refletem o stress a nível social. Procure sinais de falta de paciência e irritabilidade no trato com os restantes colegas de equipa e, até, com superiores.

5 estratégias para combater a síndrome pós-férias

1. Marque o regresso pós-férias com uma conversa

Quer seja uma conversa informal, quer uma reunião formal, assegure-se de que comunica com o colaborador no regresso das férias de verão. Não ignore a ausência, partindo logo para assuntos de trabalho. Pelo contrário, pergunte-lhe pormenores sobre as férias que gozou. Lembre-se também de evidenciar que a ausência foi sentida no decorrer da atividade da empresa, valorizando o trabalho do colaborador. Faça um breve resumo do que se passou entretanto e aponte tarefas pendentes a precisar de maior atenção.

2. Organize o primeiro dia

Para evitar um choque brusco entre os dias de férias e a intensidade da rotina laboral, organizar um regresso progressivo ao trabalho pode ser a melhor opção. Se coordena a equipa de trabalho, estruture o primeiro dia do seu funcionário em tarefas bem definidas e com prazos mais largos do que seria habitual no período pré-férias. Comece o dia com o ponto de situação atual das tarefas e objetivos da equipa, mas incentive o colaborador a passar as primeiras horas de trabalho a responder a e-mails e a fazer telefonemas pendentes. Estas são tarefas que requerem menor concentração e, em geral, um menor nível de ansiedade. Depois deste ‘aquecimento’, encaminhe-o para as tarefas mais importantes que precisam de ser trabalhadas. Ao organizar o dia de forma progressiva – e com prioridades claramente identificadas –, evita uma sobrecarga de trabalho logo no regresso ao trabalho.

3. Trace objetivos

Um dos problemas mais comuns associados ao stress pós-férias é a falta de concentração. Para ultrapassar esta situação, trace objetivos concretos de trabalho para a sua equipa na rentrée. Desta forma, haverá sempre uma meta a atingir, relacionada com cada tarefa. Dividir os grandes objetivos em etapas menores é também um bom incentivo à concentração e motivação – afinal, riscar objetivos na to-do list é uma fonte de satisfação pessoal e profissional.

4. Proponha atividades pós-laborais

Na primeira semana de trabalho, incentive os seus colaboradores com algo que possam aguardar com entusiasmo. Organize uma saída da equipa para jantar, na sexta-feira à noite, ou um dia em que possam sair mais cedo do emprego – caso se coadune com as exigências da empresa. Dessa forma, a primeira semana não parecerá tão monótona e sobrecarregada.
Além disso, atividades lúdicas em horário pós-laboral permitem reforçar os laços de amizade entre colaboradores. Não se esqueça de que o lado humano é fundamental para reter talento na sua empresa.

5. Dê um novo ânimo com novas competências

A rentrée é a oportunidade ideal para promover formações e a conquista de novas aptidões para os elementos da sua equipa. Assim, em vez de voltarem à mesma rotina, os colaboradores regressados das férias deparam-se com um novo desafio e, consequentemente, com uma motivação acrescida. Pode optar por aproveitar as competências internas com um intercâmbio de conhecimentos entre os membros da mesma equipa ou projeto. Conseguirá ainda que vários colaboradores tenham os conhecimentos necessários para realizar a mesma tarefa – diminuindo a dependência em relação a um único funcionário.

E se a síndrome pós-férias o atingir a si?

Sente que regressou das férias mais irritável e desconcentrado do que o habitual? Nesse caso, talvez a síndrome pós-férias o tenha atingido. Lembre-se de traçar um regresso progressivo ao trabalho também para si. Priorize tarefas e comece o primeiro dia de forma calma, evitando picos de ansiedade. Opte por regressar ao trabalho à terça-feira, por exemplo. Dessa forma, evita o estigma associado à segunda-feira e ainda tem o bónus de enfrentar uma primeira semana mais curta. Por fim, comece já a planear as próximas férias – por vezes, a parte de planear e escolher o destino é tão relaxante como gozar o tempo de descanso. Com umas férias já em mente, tem algo positivo para antecipar.

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