Descodificador: 7 factos sobre as criptomoedas

Está a pensar investir em criptomoedas? Neste artigo, explicamos-lhe o essencial sobre estas moedas virtuais.
Artigo atualizado a 24-08-2018

1. O que são as criptomoedas?

As criptomoedas são um meio de troca, criado e armazenado eletronicamente na blockchain, que utiliza técnicas de criptografia para controlar a criação de unidades monetárias e verificar a sua transação. As criptomoedas não têm forma física, existindo apenas no ciberespaço; não têm valor intrínseco, não podendo ser trocadas por outra mercadoria, como ouro; e a sua emissão não é determinada por um banco central. A maioria dos reguladores centrais, entre os quais o Banco Central Europeu e o Banco de Portugal, considera que esta moeda não tem curso legal.

2. O que é a blockchain?

É na blockchain que as criptomoedas são armazenadas e é a blockchain que verifica todas as transações. Trata-se de uma grande base de dados pública e global, em cloud, descentralizada e imutável. Ou seja, não é controlada por uma entidade central mas por um conjunto de computadores onde todas as transações são registadas. Por este motivo, não é possível utilizar uma moeda duas vezes ou alterar uma transação que já foi verificada.

3. Como se processa uma transação na blockchain?

A blockchain corre em vários computadores ao mesmo tempo, que validam todas as transações nela realizadas. Um exemplo: quando alguém quer transferir duas bitcoins para outra pessoa, o registo é feito por uma comunidade de voluntários (mineiros) e essa transação só é aceite quando o regime de consenso estipulado for alcançado. O registo de transação só é aceite quando todos validarem a informação. Nessa altura, fica registada e já não é possível mudá-la.

4. O que é a mineração e quem pode minerar?

A mineração é o processo através do qual as transações de moedas virtuais são verificadas, validadas e adicionadas à blockchain. Todas as máquinas ligadas a uma blockchain são responsáveis por controlar, validar informações e garantir a sua segurança. O processo de mineração consiste em decifrar códigos com valores criptográficos, que envolvem equações matemáticas complexas. O primeiro a decifrar o código ganha tokens dessa blockchain. E assim “nascem” as criptomoedas. A confirmação de cada transação depende da unanimidade, o que evita fraudes. Qualquer pessoa com um computador e uma boa placa gráfica, software adequado, acesso a eletricidade e ligação à Internet pode voluntariar-se para ser mineiro e receber comissões pelo trabalho desenvolvido. Ou seja, tokens dessa blockchain.

 5. Qual é a diferença entre um token e uma criptomoeda?

Uma criptomoeda é uma forma simples de token, que serve de moeda de troca. É transversal e tem uma blockchain própria. Os tokens estão normalmente associados a empresas que prestam serviços. Por exemplo: no “mundo real” as fichas dos carrinhos de choque e os cartões de pontos dos supermercados seriam tokens, podendo apenas ser utilizadas nesses locais. Existem dois tipos de tokens: utility token e security token. O primeiro serve para comprar bens ou serviços, enquan- to o segundo assemelha-se às ações de uma empresa porque distribui dividendos. Os tokens podem ser emitidos por jovens empresas, para angariarem capital para o seu negócio. Trata-se das ICO (Initial Coin O ering).

6. O que são as ICO?

É um método para startups angariarem fundos para os projetos que estão a desenvolver, uma mistura entre uma IPO (Initial Public O ering) e crowdfunding. Para angariar o capital as empresas emitem os seus tokens, que qualquer pessoa pode comprar, usando, por regra, a bitcoin ou a Ether. Antes de investir numa ICO é importante ler o whitepaper onde a empresa explica o negócio, o que pretende fazer com o dinheiro angariado, que token vai emitir e qual será o modelo.

7. Como garantir a segurança das criptomoedas?

Um dos maiores riscos inerentes às carteiras virtuais é a possibilidade destas serem roubadas. Segundo Fred Antunes, presidente da Associação Portuguesa da Blockchain e Criptomoeda, há três formas de manter a segurança de uma carteira alojada no smartphone: proteger o dispositivo com uma password, em vez de código PIN; ter um bom antivírus; e ter o tráfego mapeado através de uma VPN, que garanta a encriptação e impossibilidade de rastreamento da sua localização e da origem dos dados.

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