Quer ficar milionário? Siga os conselhos deste especialista

O formador em Finanças Pessoais revela que tem conseguido duplicar os seus rendimentos nos últimos seis anos, nomeadamente através da diversificação das fontes de rendimento. Conheça as sugestões deste especialista que se dedica ao estudo do dinheiro há mais de 12 anos.

Qual foi a primeira regra de poupança que se recorda de ter aprendido?

Foi com o meu avô e era simples: “Nunca gastes mais do que aquilo que tens e paga sempre a ti primeiro”.

No seu entender, qual é a regra de gestão das finanças pessoais que considera mais importante?

Criar um cesto da segurança, com três a seis meses de dinheiro mensal poupado.

Da experiência que tem, quais são as grandes lacunas dos portugueses no que à gestão do orçamento familiar diz respeito?

Primeiro quero referir que os portugueses, na minha opinião, fazem esforços imensos para poupar. Com o nosso poder de compra e custo de vida, é impressionante ver as taxas de poupança dos portugueses. É importante ter o dinheiro alinhado com os nossos valores. Para isso, é muito importante controlar as entradas e saídas de dinheiro regularmente. Fazer orçamentos no início do ano para as receitas e despesas (tal como as empresas fazem) e pagar primeiro a si, ou seja, assim que recebemos o salário devemos colocar, idealmente, 10% de parte.

Se cada pessoa pensar regularmente na gestão das suas finanças e na forma como o dinheiro mexe na sua vida, estará a abstrair-se do ciclo de gastos e receitas que tem e poderá pensar sobre eles.

O que fazer quando não se consegue poupar?

Por vezes não é só poupar que é preciso, mas ganhar mais dinheiro. No que toca à poupança, é importante criar hábitos para as nossas finanças pessoais e fazer com que práticas como controlar o nosso fluxo de caixa, pagar primeiro a nós, traçar objetivos de poupança e atuar sobre eles se tornem algo natural no dia-a-dia.

Quais são os ingredientes base de uma boa receita para gerir as finanças pessoais? Indique cinco por favor.

Pague primeiro a si, controle entradas e saídas de dinheiro, poupe uma hora de trabalho diário (ou 10% do seu salário), tenha um cesto da segurança com três a seis meses de salários e, depois, motive-se a poupar para os seus sonhos.

Como surgiu a ideia para escrever o livro “O Seu Primeiro Milhão”?

Surgiu pela necessidade de alfabetização financeira para jovens. Tinha uma empresa de formação em finanças pessoais – a Kash – e, depois de vários cursos, queria chegar a mais pessoas. Em 2007 não havia livros escritos para a realidade portuguesa que abordassem os temas de poupança, investimento e finanças pessoais de forma simples. Sempre fui um apaixonado pela temática e sempre me fez confusão como é que os Estados Unidos e outros países anglo-saxónicos tinham tantos suportes para a educação financeira e não havia nada em Portugal. Portanto, pus mãos à obra e escrevi o livro.

Qual foi a inspiração para o título?

Queria um título que chegasse ao maior número de pessoas e também desafiasse o tradicional. O primeiro milhão é um número romântico que chama a atenção e queria desafiar alguns paradigmas, crenças e convicções que cada pessoa atribui ao dinheiro.

Com base nos seus conhecimentos de Gestão e Finanças Pessoais, já conseguiu o seu primeiro milhão?

O que digo abertamente é que nos últimos anos tenho sempre conseguido duplicar os meus rendimentos, diversificando fontes de rendimento. Tudo o que escrevo sempre foi aplicado, comigo tem resultado e o caminho é o mais importante.

Também é autor do livro “Descubra o Milionário que Há em Si”. Todos temos um milionário dentro de nós? Como é que o podemos acordar?

É tudo uma questão de perspetiva. Todos nós podemos criar valor e querer fazer a diferença. O dinheiro não devia ser um fim em si, mas o resultado de outras atividades que fazemos. É ao aprender a maximizar os nossos pontos fortes que podemos fazer a diferença e maximizar os nossos rendimentos. Já pensou que nos passam centenas de milhares de euros pelas mãos ao longo da vida? Se alguns conseguem multiplicar o seu dinheiro, porque é que não replicamos algumas das práticas das pessoas bem-sucedidas financeiramente?

Sobre o autor

Pedro Queiroga Carrilho é diretor da Queiroga Carrilho Finanças Pessoais e formador em Finanças Pessoais e Investimentos. Dedicando-se ao estudo do dinheiro há mais de 12 anos. Em 2008 publicou o livro “O Seu Primeiro Milhão”, o primeiro livro de Finanças Pessoais em Portugal, que se tornou best-seller do ano na área de gestão e que também foi editado em Espanha. Entre outras obras do autor encontram-se o “O Primeiro Milhão para Casais” e “Descubra o Milionário que Há em Si”.