Bens e serviços: o que são?

Ensine aos mais novos a diferença entre bens e serviços. O Ei ajuda-o
Artigo atualizado a 17-06-2021

O que são bens?

Quando falamos de bens, referimo-nos a algo palpável, ou seja, a objetos que podem ser tocados ou agarrados. São disto exemplo bens como a comida, a roupa, os brinquedos ou os livros.

Duráveis e não duráveis

Os bens podem ser duráveis e não duráveis. Estes últimos dizem respeito a bens produzidos para consumo imediato (um gelado ou um refrigerante, por exemplo). Já os bens duráveis podem ser utilizados ao longo de muito tempo, várias vezes, como um livro ou um automóvel.

Consumo e produção

Podemos também dividir os bens em bens de consumo e bens de produção. Os bens de consumo referem-se a bens destinados ao consumidor final, satisfazendo as suas necessidades (comida, roupa, etc.). Os bens de produção, por sua vez, são aproveitados como recursos para produzir outros bens (tintas para produzir um quadro ou farinha para produzir pão, por exemplo). Podemos dividir os bens de produção em bens de equipamento (máquinas e ferramentas), matérias-primas (incorporadas no produto final) ou matérias subsidiárias (usadas na produção, mas não incorporadas no produto final, como a energia elétrica).

O que são serviços?

Os serviços representam ações, como dar uma aula, cortar o cabelo, dar uma consulta médica ou arranjar um computador. Trata-se, por isso, de algo que alguém faz a outra pessoa, por um valor definido. A produção de bens e a prestação de serviços servem para satisfazer necessidades de indivíduos e da comunidade.

Contudo, há que ter em atenção que certos serviços podem incluir bens. É o caso dos serviços prestados pelos restaurantes. Quando vamos a um restaurante, recebemos uma refeição (um bem, palpável). Contudo, estamos perante um serviço. Porquê? Porque um restaurante providencia mais do que comida: pelo preço estabelecido, tem-se acesso à refeição, mas também ao serviço de confeção da mesma e ao atendimento por um funcionário no local.

Como obter bens e serviços?

Ao contrário dos bens livres, que existem abundantemente na natureza (como o ar, o vento, o sol). Os bens e serviços económicos não aparecem de forma mágica. Têm de ser produzidos e, como tal, têm por base recursos produtivos finitos (que podem ser naturais, humanos e de capital). Por isso, quando pensamos em bens e serviços económicos, associamo-los a um valor monetário, que tem em conta todos os recursos usados na sua produção.

Comprar

Comprar bens e serviços por um valor previamente estabelecido é a forma mais comum de os obter. Vamos à livraria e compramos um livro, tal como se compram aulas de condução ou de natação. “E então as aulas na escola?”, podem questionar os mais novos. De facto, as crianças não pagam os serviços de ensino na escola, o que é útil para explicar que nem todos os bens e serviços são pagos diretamente por quem usufrui deles. Na escola privada, a mensalidade é paga pela família do aluno, enquanto a escola pública é assegurada pelo Orçamento de Estado (e, indiretamente, pelo pagamento de impostos), por exemplo.

Trocar

Existem, no entanto, outras formas de aceder a bens e serviços sem pagamento monetário. Por um lado, há bens e serviços que são oferecidos (quando lemos um livro a alguém, por exemplo, estamos a prestar um serviço que implica o nosso tempo, mas a que não associamos um valor monetário). Por outro lado, é possível, simplesmente, trocar bens e serviços. Esta troca pode ter como referência um valor monetário estimado (trocar um livro por outro, ou um computador por uma consola, porque ambos têm valores equiparados) ou outro tipo de referência. Neste sentido, existem várias iniciativas de ‘Bancos de Trocas’ que usam moedas sociais ou associam o tempo despendido em cada serviço (por exemplo, uma hora de aulas de inglês pode ser trocada por uma hora de jardinagem).

Sugestões de atividades

Atribuir um preço a um bem

Para ilustrar o conceito de valor, pode aproveitar o exemplo de uma venda de copos de limonada. A produção do bem (neste caso, do copo de limonada) implica vários recursos (naturais = limões; humanos = esforço para espremer os frutos e preparar a limonada; capital = dinheiro para comprar os copos, os limões e os restantes ingredientes). Como tal, debata qual será o preço adequado para o copo de limonada. E, tendo em conta que os preços oscilam em função da procura e da oferta, trace também o seguinte cenário: um copo de limonada pode ter um valor mais elevado num dia de calor insuportável? Aproveite este raciocínio para explicar que, quanto maior for a necessidade por um bem ou serviço, maior será o valor associado.

Criar uma ideia de negócio

Sugira aos mais novos que criem uma ideia de negócio e, a partir daí, definam que bens e serviços serão produzidos e/ou comercializados. Mais ainda, devem pensar também quais os recursos necessários à sua produção (naturais, humanos e de capital) e qual o preço adequado. Ponha em prática estas noções através de interações faz-de-conta entre compradores e o vendedor ou prestador de serviço.

Descobrir profissões através da mímica

Escreva vários papéis com nomes de profissões. Escolham um, à sorte, e peça aos mais novos para representar, por gestos, os bens ou serviços associados a essa profissão, para que os restantes participantes a possam adivinhar. Descoberta a palavra, tentem pensar nos recursos (humanos, naturais e de capital) necessários a essa atividade económica. Podem também dividir o grupo em equipas e registar quem adivinha mais palavras.

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