Segunda opinião médica: quando, como e a quem pedir
A segunda opinião médica é um direito contemplado na Carta dos Direitos e Deveres do Doente. E há cada vez mais seguros de saúde que incluem esta cobertura. No entanto, para usufruir deste direito importa saber em que circunstâncias, como e a quem solicitar a segunda opinião médica. Se está a ser seguido por um médico, mas gostaria de saber a opinião de outro especialista, saiba o que necessita fazer e os erros que deve evitar. Leia este artigo até ao final.
O que é a segunda opinião médica?
Consiste “num outro parecer, emitido por um outro médico, que permite ao doente complementar ou questionar a informação já existente e disponibilizada sobre o seu estado de saúde, de forma a permitir-lhe tomar decisões, de forma mais esclarecida, acerca do tratamento a prosseguir”. A segunda opinião médica pode ser uma iniciativa do doente ou do profissional de saúde.
Quando se pode pedir uma segunda opinião médica?
A facilidade de acesso à informação e o crescente conhecimento que os doentes têm dos seus direitos ajudam a explicar o interesse em solicitar uma segunda opinião médica. Este pedido pode ser motivado pela vontade ou necessidade de reavaliar diagnósticos ou tratamentos prescritos, sobretudo em casos em que há uma grande especialização dos conhecimentos médicos. Também pode explicar-se pela apresentação indiferenciada de algumas doenças, que pode dificultar o diagnóstico numa fase inicial, ou pela reduzida fiabilidade de alguns exames, com falsos positivos ou negativos.
A relação entre médico e doente também pode estar subjacente à vontade de auscultar uma segunda opinião. Por exemplo, a falta de empatia e envolvimento do doente nas opções tomadas pelo médico que o acompanha ou o eventual conflito de interesses entre médico e paciente face ao tratamento recomendado. Pode, ainda, suceder que médico e paciente concordem ser importante pedir parecer de outro profissional mais experiente para apoiar a consolidação da opinião médica inicial.
Como pedir?
Transparência deve ser a palavra de ordem quando se trata de solicitar uma segunda opinião médica. Importa ter presente que se trata de uma prática legítima, pelo que o doente deve assumir claramente, na consulta, que é seu objetivo pedir segunda opinião. Não se trata de avaliar ou criticar o médico que o acompanha, mas de certificar-se de que vai tomar a melhor decisão.
De forma a não enviesar a avaliação deste novo especialista, o paciente pode não partilhar, numa fase inicial, a primeira opinião que obteve. Deverá fazê-lo, porém, no final, proporcionando assim o confronto de ideias e as conclusões que daí possam surgir, além de reforçar confiança mútua com o médico que o acompanha.
A quem deve solicitar?
Caso a iniciativa de solicitar segunda opinião médica parta do doente, poderá: procurar outro especialista ou aconselhar-se junto do médico que o acompanha desde o início. Na primeira opção, é comum recorrer-se a associações de doentes ou a organizações de saúde; na segunda, o médico que o segue deverá eleger um especialista com experiência reconhecida em circunstâncias análogas.
O que fazer depois de receber a segunda opinião?
Esta questão coloca-se, sobretudo, quando as opiniões são divergentes. Deve ponderar os argumentos de ambas as partes, pesando a sua clareza e convicção. Deve também complementar esta informação com o que se apurou junto de outras fontes de referência e ter em conta a confiança que estabeleceu com o profissional de saúde. Para validar uma das posições, o doente pode abordar ambos os médicos e partilhar as opiniões divergentes, o que conduzirá a eventual reavaliação das posições tomadas, e eventualmente à concordância de opiniões entre ambos os profissionais de saúde.
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