10 estratégias para ser um ás da comunicação
Como ser um ás da comunicação
1. Seja assertivo.
A assertividade passa por “escolher um dos lados”, revelar as suas opiniões e vontades próprias, fazer escolhas e tomar decisões. Eis algumas ferramentas sugeridas por Carla Rocha para praticar a assertividade: pensar antes de falar, ser claro, direto e honesto e evitar dizer que “sim” quando na verdade queria dizer que “não”. “Ser assertivo implica ser tão claro e direto que não fica margem para equívocos”.
2. Escute mais do que fala.
Para ser um bom comunicador é importante saber ouvir. “É na escuta que percebemos o ponto de vista do outro e encontramos pontos comuns”, salienta a autora. Por isso, é fundamental treinar o seu lado de bom ouvinte. Algumas táticas para praticar a escuta ativa passam por: concentrar-se na pessoa que fala consigo; mostrar que está a compreender o que lhe dizem, mantendo o contacto visual e uma postura aberta e de acolhimento, ou acenando com a cabeça; evitar interromper a conversa e encorajar o outro a falar.
3. Fale de modo simples e acessível.
“Fuja do «compliquês»”, recomenda Carla Rocha, que cita uma frase de Leonardo da Vinci para reforçar a ideia: “a simplicidade é o último grau de sofisticação”. Inspire-se neste princípio e afaste a ideia de que comunicar eficazmente exige um “extenso vocabulário”. “Para que a comunicação resulte, é necessário que seja compreendida por todos os que a ela têm acesso. A melhor estratégia para o conseguir é falar a linguagem de quem ouve”. Faça tudo para que a sua mensagem seja “clara, simples e memorável”. Aposte em frases curtas e treine o poder de síntese.
4. Conte histórias.
“Todas as histórias valem ouro” e “quase toda a gente fica presa a uma história quando é bem contada”, indica Carla Rocha. Podem ser histórias pessoais, de terceiros, de marcas ou de empresas. Lembre-se: “As histórias são tão antigas como a humanidade e podem ser uma estratégia eficaz para captar a atenção e tornar a nossa mensagem memorável”. Quando estiver a estruturar a história que vai contar tenha em consideração: a sua essência, o acontecimento ou situação, as pessoas que intervêm, o obstáculo a superar, o processo escolhido para ultrapassar o obstáculo, a resolução da história e a lição aprendida.
5. Ponha-se no lugar do outro.
Esforce-se por criar empatia. “Calce os sapatos dos outros, mesmo que lhe fiquem apertados”, recomenda Carla Rocha. A autora adianta que “é através da empatia que se criam as pontes de comunicação entre pessoas”. Evite julgar o outro enquanto ele fala, comparar-se a ele e acreditar que o seu ponto de vista é que está correto. Evite também querer responder rapidamente e interromper constantemente o seu interlocutor.
6. Mantenha-se de mente aberta.
“Não se feche na sua concha”. O livro Fale menos, Comunique mais apresenta algumas regras a seguir sempre que estiver a comunicar: seja flexível e não tente ter sempre razão, procure ter autocontrolo nas situações mais desafiantes, escute atentamente o ponto de vista do outro e só depois responda. Pense antes de falar – evite falar impulsivamente –, não critique o que não conhece, admita os erros e esteja aberto ao compromisso e à negociação.
7. Tenha atenção à sua linguagem corporal.
Mesmo em silêncio pode já estar a transmitir mensagens. Quando estiver a comunicar com uma plateia mantenha-se direito; movimente-se com moderação (deslocar-se exageradamente pode revelar tensão e impaciência); fale com as mãos, deixando-as “fluir ao sabor das suas palavras”, mas “nada de movimentos exagerados”. Aposte no sorriso, revelador de que “a sua postura é aberta, amigável e acessível”, e mantenha o contacto visual com quem conversa.
8. Fale visualmente.
Carla Rocha sublinha a importância de “escolher as palavras mais nítidas e coloridas”, de modo a que as pessoas que ouvem consigam visualizar a história que as palavras vão contando. Lembre-se que é o que acontece na rádio: “Contamos histórias com cores vivas e brilhantes, descrevemos texturas e formas. Damos um rosto às nossas personagens e emoção às palavras, sem mostrar qualquer imagem”, partilha a locutora.
9. Seja autêntico.
O que é ser autêntico? O livro Fale menos, comunique mais indica que é ser “verdadeiro, legítimo, genuíno”, que não deixa dúvidas, que é real e positivo. Carla Rocha recomenda: “Leve-se para dentro da sua comunicação. E não tenha dúvidas: ser autêntico é mais importante do que ser perfeito”. A locutora aconselha também que humanize a sua comunicação, sem ter medo de se expor e de revelar quem é. “Como? Qual é a sua paixão? Esta pode ser a pergunta que o ajuda a encontrar a forma certa para humanizar a maneira como comunica, especialmente em contexto de trabalho”.
10. Aposte no humor.
Carla Rocha recorda que “o humor tem benefícios inquestionáveis: liberta o stress, melhora a nossa capacidade de aprender e de resolver conflitos, aumenta a produtividade”. A autora partilha algumas táticas para introduzir o humor na comunicação. Pode usar “um vídeo engraçado para reforçar o seu ponto de vista”, recorrer a situações engraçadas e a “histórias inusitadas”. Mas, antes de as partilhar com o seu público-alvo, faça um teste e conte-as a algumas pessoas mais chegadas.
Sobre Carla Rocha:
É licenciada em Ciências da Comunicação e pós-graduada em Gestão de Marketing, Comunicação e Multimédia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão. A locutora da Renascença é também docente na licenciatura de Ciências da Comunicação da Universidade Europeia e formadora na área da comunicação. Carla Rocha é ainda coordenadora do programa Atletas Speakers, desenvolvido pela Comissão de Atletas Olímpicos de Portugal.
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