4 dicas para ensinar as crianças a evitar o consumismo

Numa sociedade de consumo, como evitar que as crianças se tornem demasiado gastadoras? Ensinando-lhes o valor do dinheiro e incutindo comportamentos frugais.
Artigo atualizado a 24-01-2023

Qual é a diferença entre consumo e consumismo? De acordo com o Priberam, dicionário online, o consumo pode definir-se como “a aquisição de bens e serviços para uso pessoal”, enquanto o consumismo pode ser definido como “hábito ou ação de consumir muito, em geral sem necessidade”. Trocado em miúdos, pode dizer-se que o consumo de bens e serviços com conta, peso e medida é saudável e essencial para o bom funcionamento da economia de um país. Já o consumismo é de evitar.

4 exercícios para evitar o consumismo

1. Explicar a diferença entre desejo e necessidade

Precisar e querer são dois conceitos diferentes, mas, por vezes, as crianças podem não conseguem distingui-los. O que devem aprender é que existem bens necessários à sobrevivência humana, como abrigo, roupas, comida e água. Tudo o resto, são desejos: bens que, não sendo necessários à sobrevivência, podem ajudar a que se sintam momentaneamente mais felizes. Ou seja, precisamos de comida para viver, mas não necessitamos de um jogo de computador.

Experimente: Fazer uma ficha de atividades com vários tipos de bens ilustrados, como, por exemplo, uma casa, um brinquedo, um pão ou uma bola de futebol, e peça-lhes para identificar os bens essenciais à vida e os que não são. No caso de crianças mais crescidas pode pedir para desenhar um bem que precisam e outro que apenas desejam.

2. Ensinar a fazer as contas

Quanto mais cedo perceberem o valor do dinheiro, menor a probabilidade de se tornarem consumistas. Pequenos exercícios, simples de resolver, podem ajudá-los a perceber o valor do dinheiro e incutir a necessidade de pensar e fazer contas antes de adquirir algo que não seja realmente importante.

Experimente: De acordo com a idade, proponha alguns exercícios de matemática às crianças para ajudá-los a ter noção do dinheiro que recebem e que gastam.  Por exemplo, se querem comprar uma bola que custa 10 euros, mas se recebem 20 euros de mesada, com quanto dinheiro ficam no mealheiro? Ou então, incutir-lhes o raciocínio da poupança. Se querem comprar um jogo de 50 euros, mas apenas recebem 20 euros de mesada, quantos meses teriam de poupar até conseguirem alcançar o seu objetivo financeiro?

3. Incentivar a comparar preços

É um ensinamento que poderão usar em todos os capítulos da sua vida. Desenvolver a capacidade de comparar antes de comprar – em vez de comprar à primeira -, torna as crianças mais conscientes do dinheiro que gastam.

Experimente: Proponha um exercício em que comparam, por exemplo, o preço do prato preferido deles no restaurante, com o custo da refeição feita em casa. Peça-lhes para fazerem a lista de ingredientes e somar o custo de cada um. E depois  comparar com o preço que gastam cada vez que vão ao restaurante. Para este exercício, pode ser necessária a ajuda dos pais professores.

4. Estimular a fazer um orçamento

Se receberem semanada ou mesada, as crianças podem ser incentivadas a gerir o seu orçamento,  de forma a incentivar a poupança e a não gastar mais do que ganham.

Experimente: Ensiná-los a fazer um orçamento pessoal. Numa folha, faça duas colunas uma para as receitas (semanada ou mesada) e outra para as despesas. Assim, as crianças podem saber quanto dinheiro gastam e se têm espaço para poupar para comprar aquele brinquedo que desejam.

Quer testar os conhecimentos dos seus filhos ou educandos? Imprima esta ficha de avaliação.

Ler mais

Os conteúdos do blogue Ei – Educação e Informação não dispensam a consulta da respetiva informação legal e não configuram qualquer recomendação.

Este artigo foi útil?

Se ficou com dúvidas ou tem uma opinião que deseja partilhar, preencha o formulário abaixo para entrar em contacto connosco.

Torne-se Associado

Saiba mais