Guia do InterRail: 5 dicas para uma viagem de sonho

Quer fazer um InterRail? Antes de pôr a mochila às costas é preciso planear a viagem para que tudo corra bem. Siga as dicas do Ei para desfrutar de uma experiência inesquecível.
Artigo atualizado a 31-05-2023

Realizar um InterRail é uma forma prática, descontraída e divertida de conhecer alguns países da Europa de comboio e sem gastar muito dinheiro. Ao comprar um passe destes, poderá viajar por um ou mais países do Velho Continente durante um período de tempo definido. Tudo depende da modalidade do bilhete que comprar.

Como acontece em todas as viagens, esta aventura deve ser planeada com a devida antecedência (pode comprar o bilhete até três meses antes da viagem) para garantir que tudo corre bem e que leva na bagagem tudo o que necessita. O primeiro passo é escolher o tipo de passe. Conheça cinco dicas para fazer um InterRail de sonho.

1. Escolher o passe de InterRail

Existem dois tipos de passe: InterRail Global Pass e InterRail One Country Pass. Por isso, deverá escolher a modalidade que melhor se adequar à viagem que pretende fazer.

InterRail Global Pass

Com o InterRail Global poderá viajar por 33 países europeus: França, Alemanha, Grã-Bretanha, Noruega, Suécia, Áustria, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Estónia, Letónia, Lituânia, Finlândia, Grécia, Irlanda, Itália, Espanha, Suíça, Croácia, Dinamarca, Hungria, Polónia, Roménia, Montenegro, Bósnia-Herzegovina, Bulgária, Republica Checa, Macedónia, Sérvia, Eslováquia, Eslovénia, Turquia e Portugal. Não tem limite de viagens.

Ao mesmo tempo, dentro do InterRail Passe Global existem duas modalidades que poderá escolher:

  • Passe Contínuo. Permite viajar todos os dias para os países que desejar e apanhar vários comboios no mesmo dia (com uma duração total entre 15 dias e três meses);
  • Passe Flexi. Pode ser utilizado apenas para um número específico de dias de viagem, durante todo o período de validade. É ideal para quem planeia viajar durante alguns dias, mas pretende fazer paragens para conhecer as cidades. A título de exemplo, poderá escolher viajar de comboio durante sete dias, num período de um mês.

Por último, o preço varia em função de alguns fatores, como a idade (jovem, adulto ou sénior), o conforto (primeira ou segunda classe) e o tipo de passe (Contínuo ou Flexi). Assim, o bilhete mais barato custa 194 euros, para jovens entre os 12 e os 27 anos a viajar em segunda classe, durante quatro dias (num período de um mês).

InterRail One Country Pass

O InterRail One Country Pass é indicado para quem deseja explorar apenas um país. O preço da passagem depende do país a visitar, assim como da idade do viajante ou se a viagem se realiza em primeira ou segunda classe. Por exemplo, em Portugal o preço do bilhete começa em 84 euros, mas em Espanha o bilhete mais barato custa 155 euros.

2. Delinear o trajeto

Uma vez escolhido o bilhete, está na hora de planear o trajeto. Se tiver adquirido o passe flexível, é importante escolher os países que quer conhecer e delinear um percurso que passe pelos locais que quer descobrir. O plano deve ter em consideração o tipo e a duração do passe InterRail que comprou.

Existe uma aplicação que ajuda a planear a viagem: o Rail Planner App. Com esta ferramenta é possível fazer reservas de bilhetes, encontrar estações ferroviárias próximas do local onde está, procurar informações, descobrir os benefícios associados ao passe e ver a viagem de comboio num mapa interativo.

3. Planear o alojamento

Alguns viajantes gostam de planear o percurso com antecedência, outros preferem viajar ao sabor do momento. É, no entanto, importante ter consciência de que o bilhete de InterRail apenas cobre as viagens de comboio. Se o objetivo é poupar dinheiro e aproveitar ao máximo a viagem, deve preparar o alojamento com antecedência. Isto é especialmente válido se o destino for uma cidade com bastante turismo. Imprevistos podem acontecer, por isso, não é recomendável reservar alojamento para todos os dias da viagem. Porém, é aconselhável que assegure as primeiras dormidas.

Algumas sugestões de alojamento mais em conta são: hostels, albergues, pousadas da juventude, alojamento local ou parques de campismo.

Se tiver que percorrer uma distância grande entre dois países, pode optar pelos comboios noturnos, onde apenas terá de pagar a reserva de um banco reclinável, beliche (couchette) ou compartimento com cama (sleepers). Se escolher esta opção, assegure-se que a sua bagagem está bem protegida.

4. Preparar a mochila (ou mala) para o InterRail

Este é um passo importante. Uma viagem de InterRail pressupõe que muitos dias serão passados em viagem, nas estações de comboio ou a caminhar com a bagagem. Tendo isso em mente, é aconselhável não levar uma mochila muito grande ou pesada.

Prefere levar uma mala de viagem? Seja minimalista. A mala apenas deve conter o essencial, como: roupa confortável, produtos de higiene, uma toalha, um kit de primeiros socorros, um saco-cama e documentos importantes. Leve também uma bolsa de pôr à cintura, para transportar alguns objetos que devem estar sempre consigo, como a carteira e o telemóvel. Pode também levar alguma comida que não seja perecível, como umas barras de cereais, e água.

5. Levar documentos importantes

Antes de partir, assegure-se que leva todos os documentos importantes consigo, como o cartão de cidadão, passaporte ou visto. Leve também fotocópias dos mesmos, assim, se os documentos se perderem ou forem roubados, será mais fácil contar a sua história na esquadra. Se for estudante, leve o cartão que o comprova, assim terá acesso a vários descontos.

Outro documento importante é o Cartão Europeu de Seguro de Doença. Este cartão assegura cuidados médicos em qualquer Estado-Membro da União Europeia, mais Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça. É gratuito e permite aceder aos serviços de saúde públicos nas mesmas condições e ao mesmo custo que os nacionais desse país.

Não se esqueça também de levar o cartão de débito ou crédito e algum dinheiro. Na União Europeia, os pagamentos feitos com cartões estão abrangidos pelo princípio da igualdade de encargos. Ou seja, os bancos não podem cobrar comissões mais elevadas do que as que cobrariam por uma transação nacional. Este princípio apenas se aplica nos países que adotaram o euro.

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