Onde investir? Conheça 4 aplicações financeiras

Escolher os produtos financeiros ajustados ao seu perfil de investimento é a melhor maneira de preparar a realização dos seus objetivos de vida.
Artigo atualizado a 24-10-2017

A lógica dos investimentos

Aplicações financeiras com um nível mais elevado de risco estão sujeitas a variações mais acentuadas e rápidas do seu valor, para baixo ou para cima. Além disso, não está garantida a recuperação do investimento inicial. Estes produtos, como as ações, são preferidos pelos investidores com perfil arrojado.

Aplicações financeiras mais estáveis e seguras, menos sujeitas a grandes flutuações, permitem, no final do prazo estipulado, recuperar o valor investido, bem como a remuneração definida. São disso exemplo as contas de depósito a prazo ou os certificados de aforro, produtos tipicamente escolhidos por aforradores com perfil conservador. O segredo não existe. É o equilíbrio que pode ajudar a construir uma carteira sólida e capaz de enfrentar o mercado e o futuro. 10 regras de investimento que deve seguir.

Aplicações financeiras certas para o seu perfil

1. Depósitos a prazo

Os depósitos a prazo integram um risco muito baixo, uma rendibilidade historicamente abaixo dos registos dos mercados financeiros e uma liquidez elevada. No entanto, a rendibilidade líquida destas aplicações financeiras pode ficar abaixo do valor da inflação. Neste cenário, no final do prazo, o dinheiro investido valerá menos. Saiba como a inflação pode tirar valor aos seus investimentos.

Dica de escolha: Compare depósitos pela taxa anual nominal (TAN). Os depósitos normalmente apresentam Taxa Anual Nominal Bruta (TANB) diferentes. São definidas em função do prazo da aplicação e da periodicidade de pagamento de juros.

Dica de proteção: Escolha uma aplicação que tenha uma taxa de juro líquida (TANL) maior do que a taxa de inflação.

Tipo de investidor: Investimento que agrada aos investidores com perfil conservador. Ou seja, os que privilegiam a segurança e preferem uma rendibilidade menor a correr o risco de perder o montante investido.

São também da preferência dos investidores com perfil conservador  os Certificados de Aforro ou do Tesouro. Estes títulos da dívida pública podem ser subscritos por pessoas singulares. Neste caso o risco é muito baixo ou nulo. No entanto, a rendibilidade é baixa ou média. A liquidez é elevada após o primeiro trimestre.

2. Fundos de tesouraria

Os fundos de tesouraria reúnem na sua carteira títulos de dívida pública e privada de curto prazo. Os fundos não são mais que organismos de investimento coletivo que permitem dar mais alegrias aos investidores. São geridos por um profissional ou grupo de profissionais.

Os fundos de tesouraria permitem, normalmente, reforços no valor investido. E, apesar de integrarem mais risco que os depósitos a prazo, este risco está relacionado com a capacidade que o emitente dos títulos de dívida terá de pagar a sua dívida ao fundo.

Dica de escolha: Compare as rendibilidades históricas dos fundos na Associação Portuguesa de Fundos de Investimento e Planos de Poupança (APFIPP). Tenha em conta também os resultados da gestão profissional que está por detrás do fundo. Avalie as comissões (subscrição, gestão e resgate). E ajuste o nível de risco que pretende (1 a 6), ou seja, de baixo a muito alto.

Dica de proteção: Escolha um fundo de tesouraria como complemento das suas aplicações de baixo risco.

Tipo de investidor: Investimento que agrada aos investidores com perfil conservador, aforradores que privilegiam a segurança, mas que tentam alcançar retornos um pouco acima dos tradicionais depósitos a prazo.

3. Fundos de investimento de obrigações

Os fundos de investimento mobiliário podem ter classes associadas ou ativos com posições maioritárias previamente definidas. É o caso dos fundos de obrigações, cujas carteiras são compostas por títulos de dívida pública ou privada de médio e longo prazo.

Estes fundos não permitem ao investidor garantir o capital inicial. Desta forma, o montante a resgatar no final poderá ser inferior ao inicialmente investido.

Para começar a investir num fundo de obrigações é exigido um montante mínimo de subscrição e o investidor fica com parcelas do fundo, as unidades de participação, mutualizando o risco.

Dica de escolha: Compare as rendibilidades históricas dos fundos. Mas não se esqueça de que, neste tipo de produtos, rendibilidades passadas não constituem garantia de rendibilidades futuras. Antes de escolher um fundo, informe-se sobre as comissões aplicáveis.

Dica de proteção: Selecione fundos que invistam em obrigações de forma mais global (menos exposta a uma zona específica do planeta).

Tipo de investidor: Investimento ajustado a investidores com perfil moderado, que aceitam alguma volatilidade nas suas aplicações, esperando conseguir (sem qualquer certeza) uma rendibilidade superior à dos produtos de taxa fixa, como depósitos a prazo.

4. Fundos de investimento de ações

Para quem quer investir na bolsa, mas não quer fazê-lo diretamente, os fundos de investimento de ações são uma solução.

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Categorizados, muitas vezes, entre o risco alto e muito alto, segundo dados da APFIPP, os fundos de ações são organismos de investimento coletivo que reúnem o dinheiro de muitos investidores em carteiras de investimento em ações portuguesas (Fundos de ações nacionais), da Europa ou Zona Euro, de outras regiões ou países, ou do mundo. O que a gestão profissional do fundo faz é escolher ações de empresas através da análise própria dos títulos.

Dica de escolha: Compare as rendibilidades históricas dos fundos. Contudo, não se esqueça de que, neste tipo de produtos, rendibilidades passadas não constituem garantia de rendibilidades futuras. Antes de escolher um fundo, informe-se sobre as omissões aplicáveis.

Dica de proteção: Selecione fundos que invistam em ações de forma mais global (menos exposta a uma zona específica do planeta). Estar exposto apenas a um país ou zona geográfica é mais arriscado.

Tipo de investidor: Investimento para investidores com perfil arrojado, que aceitam muita volatilidade na carteira esperando alcançar (sem qualquer certeza) uma rendibilidade superior à dos produtos de depósito ou tesouraria e à dos fundos de obrigações.

 

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