Cashback: como receber dinheiro de volta nas compras

Se bem utilizado, o cashback permite poupar algum dinheiro e usufruir de descontos e serviços. Saiba como tirar partido deste tipo de reembolso.
Artigo atualizado a 11-01-2023

O cashback (em portugês, dinheiro de volta) é um instrumento financeiro associado a alguns cartões bancários, que possibilita que os consumidores recebam uma percentagem pré-definida do valor gasto em compras. Originalmente associado ao crédito, começa a surgir em cartões de débito. É também usado por algumas marcas, que através de programas de fidelização, disponibilizam, em cartão ou numa app, uma percentagem do custo dos bens adquiridos.

Por norma, o cashback dos cartões de crédito varia entre 1% e 3%. Este montante pode, depois, ser gasto nos mais diversos estabelecimentos comerciais, tal como qualquer pessoa faria com o saldo de uma conta à ordem, ou ser usado em organizações parceiras, de acordo o contrato estabelecido.

Vantagens do cashback

O grande benefício de recorrer ao cashback é a possibilidade de poupar algum dinheiro, já que, ao adquirir um produto ou serviço, uma parte do valor investido é devolvido ao consumidor. Compensa, sobretudo, para compras de valor elevado, devido aos custos associados ao serviço. Por exemplo, uma família que utilize um cartão de crédito com 3% de cashback para adquirir um frigorífico (cerca de 1 500 euros), um televisor (700 euros), uma máquina de lavar roupa (600 euros) e um aquecedor a óleo (80 euros), vai receber 3% do valor total da compra (2 880 euros), ou seja, 86,40 euros. Um montante que poderá utilizar numa ida ao supermercado, entre outras possibilidades.

O que deve ter em conta na hora de aderir ao cashback

A juntar à percentagem de cashback do cartão (quanto mais elevada, mais recebe), não se esqueça de verificar qual a taxa de juro, a anuidade e eventuais comissões associadas. Outro dos pontos a juntar à equação está ligado às vantagens que muitos destes cartões disponibilizam, como seguros de assistência em viagem e assistência médica, como descontos em instituições parceiras, acumulação de pontos ou milhas aéreas. Só considerando todos os aspetos poderá avaliar os reais benefícios de determinado cartão.

Há ainda outros fatores a ter em conta na hora de aderir ao cashback:

  • Lembre-se que a sua utilização implica sempre um custo associado não só ao serviço, como ao cartão de crédito. Assim, certifique-se que tem saldo para pagar o valor em dívida e recorra a este instrumento financeiro com moderação. Evite usá-lo para despesas fixas, e faça-o apenas quando for necessário. Não se esqueça que, na maioria dos casos, o cashback é uma forma de incentivo ao uso dos cartões de crédito.
  • Informe-se sobre a frequência com que o dinheiro é creditado na conta. Será reembolsado no momento da utilização do cartão ou apenas no fim do mês?
  • Confirme se o cashback tem um limite. Em alguns casos, a devolução do dinheiro só ocorre a partir de determinado valor de compras. Tenha, também, em conta que alguns cartões têm percentagens distintas de cashback, consoante o tipo de produtos e serviços. Pode, por exemplo, devolver 2% do total pago em contas da casa e 1% nas restantes despesas. Alguns gastos podem também não ser contemplados.
  • Alguns cartões com cashback obrigam a que o utilizador seja cliente do banco que disponibiliza o serviço. Verifique se vale a pena mudar de instituição ou avalie se a que tem, neste momento, é a mais adequada ao seu perfil.

Cashback e cash advance: quais as diferenças?

Ambos permitem receber dinheiro pela utilização de cartões bancários, mas ainda que os termos sejam semelhantes, e por isso facilmente confundidos, têm significados completamente distintos. Enquanto o cashback permite receber posteriormente uma parte do dinheiro investido em compras, o cash advance possibilita um adiantamento a crédito, ou seja, permite levantar antecipadamente dinheiro com o cartão de crédito ou fazer uma transferência para a conta à ordem. Se recorrer ao cash advance, não se esqueça de verificar as comissões associadas à operação, o prazo dentro do qual não paga juros e o impacto desta opção nas suas finanças.

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