Entrar na universidade: 5 escolhas que os estudantes têm de fazer
Entrar na universidade não é apenas um desafio académico. Significa uma nova forma de encarar a vida, com mais responsabilidade, autonomia e interação social. Sobretudo para os estudantes deslocados, que deixam o aconchego da casa dos pais e vão residir noutro local do país. Para o ajudar a entrar na universidade com o pé direito, explicamos-lhe quais os principais desafios práticos que tem de superar.
Entrar na universidade: que escolhas tem de fazer?
1. Gerir um orçamento
Os estudantes universitários têm algumas despesas fixas: alimentação, transportes, propinas, livros e restante material escolar. Uma boa gestão do orçamento é fundamental para garantir que o dinheiro chega ao final do mês. Tenha em conta o dinheiro que tem para gerir semanal ou mensalmente e siga estes quatro passos:
- Registe as despesas diárias
- Divida o orçamento por categorias e por despesas fixas e variáveis
- Faça as contas e perceba onde estão as despesas supérfluas
- Defina um objetivo de poupança e cumpra-o no mês ou na semana seguintes
Os estudantes universitários podem usufruir de vários descontos em despesas fixas. Um exemplo: uma refeição numa cantina pode custar entre dois a três euros, um valor bastante inferior ao praticado pelos restaurantes.
Os estudantes que residem longe de casa podem ter despesas extra em serviços de lavandaria, alimentação à noite e no fim-de-semana, transportes para a casa dos pais ou despesas inerentes ao alojamento: água, gás, luz e internet. Apps como a Moni ou a portuguesa Boonzi ajudam-no a gerir o seu orçamento de forma detalhada e inteligente.
2. Escolher o alojamento
Os estudantes universitários que vivem longe da sua residência têm de escolher um alojamento para pernoitar. Em Portugal, existem quatro opções de alojamento universitário: residências de estudantes, arrendamento de quarto ou apartamento, repúblicas universitárias e alojamento solidário.
Se prefere estar num ambiente de partilha de experiências, as residências de estudantes são uma boa opção. O projeto Montepio U – Residências para Estudantes (na foto), por exemplo, é uma excelente alternativa para quem procura alojamento universitário de qualidade no centro de Lisboa, Évora, Porto e Braga. Com 400 quartos disponíveis nas zonas nobres das quatro cidades, estas residências incluem acesso à cozinha e zona de estar. lavandaria, limpeza, áreas comuns e internet. O preço médio mensal praticado em Lisboa e Porto ronda 450 euros, em Braga 350 euros e, em Évora 250 euros.
As candidaturas para as residências Montepio de Lisboa estão abertas para qualquer estudante, sendo que os associados Montepio beneficiam de 10% de desconto no valor da mensalidade.
Tome nota
Todos os estudantes com menos de 25 anos e que frequentam estabelecimentos de ensino que se situam a mais de 50 quilómetros da residência permanente do agregado familiar podem deduzir 300 euros em rendas pagas.
3. Pedir uma bolsa de estudo
Os alunos com dificuldades económicas podem pedir uma bolsa de estudo para suportar as despesas. Este apoio é atribuído pelo Estado a fundo perdido e pressupõe o cumprimento de vários requisitos: financeiros, educativos ou tributários. Um exemplo: o rendimento per capita do agregado familiar do jovem que pede bolsa de estudo não pode ser superior a 23 vezes o valor do IAS (Indexante dos apoios sociais). Em 2025, este valor é de 12 017,5 euros. Por outro lado, o património mobiliário do agregado familiar não pode ser superior a 240 vezes o valor do IAS. Em 2019, este valor é de 125 400 euros.
O valor da bolsa de estudo é igual a 11 vezes o valor do IAS mais o valor da propina. O seu pagamento é efetuado em 10 prestações, por transferência bancária. As candidaturas à bolsa de estudo podem ser efetuadas no site da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), através da introdução das credenciais do aluno. Saiba como obter uma bolsa de estudo e quais as condições para o fazer.
4. Estudar e trabalhar?
Muitos portugueses já escolhem trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Por um lado, este desafio permite-lhes enriquecer o currículo e conhecer melhor o mercado de trabalho. Por outro, podem ganhar um rendimento extra que pode servir, inclusive, para ajudar a pagar os estudos. Os estudantes que trabalham devem ter em mente, porém, que conciliar estas duas atividades exige muita dedicação e equilíbrio físico e mental.
Caso decida optar por um part-time ou mesmo full-time quando entrar na universidade deve começar por saber quais os direitos e deveres dos trabalhadores-estudantes. Mas invista na organização do seu dia-a-dia. Rentabilizar as horas livres e os dias de folga é essencial para que consiga conciliar, com sucesso, uma atividade profissional e escolar.
5. Fazer um Erasmus
Há quem diga que fazer um Erasmus é como entrar na universidade pela segunda vez. As comparações fazem sentido: uma nova cidade, uma rotina diferente e novos amigos esperam-no. O programa Erasmus destina-se a todos os estudantes universitários da União Europeia entre os 17 e os 30 anos e está disponível por um período entre os três e os doze meses.
Existem muitas vantagens em optar por fazer um Erasmus ao entrar para a universidade: desde aprender e aperfeiçoar uma língua estrangeira, aumentar a capacidade de adaptação e autonomia e descobrir novas formas de ensino e trabalho.
Também no programa Erasmus existem bolsas que ajudam alguns estudantes a cobrir as despesas adicionais resultantes da mudança para um país estrangeiro (viagem, alojamento e diferença de nível de vida). Os alunos que beneficiem de ação social escolar podem ainda candidatar-se à Bolsa Suplementar Erasmus.
Vai entrar na universidade? Agora, já sabe quais as principais escolhas que terá de fazer nesta nova fase da sua vida.
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